Impactos da violência obstétrica no Brasil: uma revisão de literatura

Abstract

A violência obstétrica (VO) é considerada um problema de saúde pública mundial, podendo ser definida como qualquer prática contra a saúde sexual e reprodutiva da mulher, podendo também ser considerada uma apropriação do corpo feminino, caracterizado pelo tratamento desumanizado, em que suas principais caracterizações são: violência física, psicológica e sexual. A VO ainda é pouco percebida e respaldada pela lei, se comparada a outras formas de violência contra a mulher, sendo relevantes as discussões sobre o tema. Assim, o objetivo desse trabalho é discutir os efeitos da violência obstétrica, procurando dar visibilidade, sensibilizar e incentivar a prevenção dessa violência que faz parte da realidade brasileira. Para isso, o trabalho foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica de caráter descritivo exploratório, caracterizada por uma revisão de referências já analisadas e publicadas. Foram utilizadas as bases de dados: Google Acadêmico, Scopus e Scielo, utilizando as palavras-chave: “violência obstétrica”, “Brasil”, “parto”, “gestação”, “parto humanizado”, “violação obstétrica” e suas combinações. A violência obstétrica representa um impasse para a realização da plenitude dos direitos das mulheres, pois é percebida como uma situação cada vez mais comum no cotidiano das mesmas, seja em situações de pré-natal, parto, pós-parto ou aborto. Pesquisas mais robustas, interdisciplinares e transnacionais são necessárias para ajudar os formuladores de políticas, provedores de assistência à maternidade, mulheres e famílias que acessam os serviços de maternidade a entender, definir e abordar melhor esse fenômeno.

Violência obstétrica: Uma revisão de literatura

“…De acordo com Silva et al (2023), a violência obstétrica tem sido objeto de diversos estudos no Brasil e os resultados mostram que essa prática é muito comum em nosso país. A pesquisa revelou que muitas mulheres não têm consciência de que foram vítimas de violência obstétrica e que esse problema afeta principalmente as mulheres negras e pobres.…”

“…Os estudos enfatizam a importância de respeitar a autonomia e os direitos das mulheres durante o parto e nascimento, evitando práticas desnecessárias e abusivas. Também apontam a necessidade de uma abordagem mais humanizada e sensível por parte dos profissionais de saúde e uma maior conscientização e denúncia da violência obstétrica por parte da sociedade em geral (Silva et al, 2023;Rodrigues et al, 2018;Magalhães, 2020).…”