“…faz-se de suma relevância "saber que o percentual de analfabetos no ano de 1900, segundo o Anuário Estatístico do Brasil, do Instituto Nacional de Estatística, era de 75%".Em 1932, ocorre o "Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova" posicionando em relação à situação educacional do país, documento redigido e assinado pelos principais educadores renomados da época, criando instabilidade no que se refere à educação, posteriormente, ocorre a Revolução Constitucionalista de São Paulo, seguida em 1934, pela promulgação da Constituição Federal, documento que pela primeira vez propunha o direito de educação para todos, sob a responsabilidade da família e do Estado(BRANCO, 2010).No entanto, pode-se dizer que o período que compreende a década de 40 e 60 foi promissor para o Brasil, na educação, pois, foi a primeira vez que se via algum tipo de mobilização para terminar com o analfabetismo dentro de um plano nacional, educadores de grande importância marcaram seus nomes neste período, como: Anísio Teixeira, Fernandode Azevedo, Lourenço Filho, Carneiro Leão, Armando Hildebrand, Pachoal Leme, Paulo Freire, Lauro de Oliveira Lima e Durmeval Trigueiro (BRANCO, 2010).Contudo, o golpe militar de 64 permitiu um retrocesso na educação brasileira, dentro de um contexto antidemocrático, caracterizado pelo exílio de educadores que dispunham de idéias contrárias ao governo, como descreveBranco (2010):O Regime Militar espelhou na educação o caráter antidemocrático de sua proposta ideológica de governo: professores foram presos e demitidos; universidades foram invadidas; estudantes foram presos, feridos nos confrontos com a polícia e alguns foram mortos; os estudantes foram calados e a União Nacional dos Estudantes proibida de funcionar; o Decreto-Lei 477 calou a boca de alunos e professores; o Ministro da Justiça declarou que "estudantes têm que estudar" e "não podem fazer baderna". Essa era a prática do Regime.…”