“…Nos salta aos olhos também o modo com que a formação de professores tem sido encarada, ora como o 'depósito' de boa parte dos problemas dentro desse âmbito, ora como o 'remédio' (ou a solução) para boa parte das mazelas e necessidades que o atinge. Nesse sentido, diversos autores que estudam as políticas educacionais e a formação docente apresentam um olhar de alerta para esse fenômeno de proposição desenfreada de reformas, uma vez que elas podem trazer adjacente ao seu escopo uma série de interesses dos agentes políticos no poder, bem como dos grupos econômicos que as propõem (Hargreaves, 1994;Hargreaves et al, 2001;Napier, 2005;Tardif et al, 2001). Hargreaves et al (2001), por exemplo, caracterizam esse tipo de reforma como baseadas em uma 'Nova Ortodoxia Educacional', cujo foco normalmente se refere às questões gerais de alfabetização, matemática e ciências, e tem como princípios básicos a estandardização (padronização) do currículo e os critérios quantitativos de avaliação (especialmente os de larga escala).…”