Esta pesquisa objetivou conhecer qual a origem dos saberes mobilizados pelas pessoas que exercem a função de auxiliar de classe[1] e a influência destes na construção do “não lugar” profissional. Trata-se de uma investigação qualitativa, exploratória realizada nos municípios de Itapetinga e Amargosa, na Bahia, com pessoas que atuam nas turmas de Educação Infantil como auxiliar de classe. Foram realizadas no ano de 2020 entrevistas via plataformas digitais com sete colaboradores. Constatou-se que várias são as fontes da origem dos saberes dos auxiliares, sendo as histórias de vida, as experiências pessoais e cotidianas, a formação acadêmico-profissional e a própria prática laboral. Também que o binômio cuidar-educar é de responsabilidade do professor, legitimado historicamente e legalmente e que há muitas diferenças na função de professor e auxiliar. Assim, tudo isso tem apontado para a construção de um “não lugar” profissional dos auxiliares de classe.
[1] Optamos por utilizar a nomenclatura auxiliar de classe, mas a função também é nomeada por: auxiliar de desenvolvimento infantil, pajem, assistente de classe, monitora etc. A variação na nomenclatura ocorre de região para região, pois não há um consenso acerca da função.