A produção científica acerca da saúde do indígena que reside na cidade é escassa e abre margem para o englobamento deste no sistema de saúde tradicional, pouco admitindo suas peculiaridades. Objetivo: Analisar a produção científica acerca da saúde indígena no contexto urbano no Brasil. Método: Revisão de escopo. Critérios de inclusão: literatura existente, sem limite temporal, em inglês, português ou espanhol. Critérios de exclusão: estudos duplicados, indisponíveis na íntegra, sem metodologia descrita e estudos fora do eixo temático. Resultados: a busca resultou em 29 estudos, publicados entre 2007 e 2024, sendo 23 quantitativos e 3 qualitativos. Do ponto de vista geográfico, foram encontrados 8 de abrangência nacional, 14 estudos oriundos exclusivamente da região norte e os demais distribuídos entre região nordeste, centro-oeste, Amazônia Legal e Bacia Amazônica. A saúde indígena urbana de forma isolada é alvo de 13 artigos, os demais trabalham os contextos urbano e rural. Conclusão: A produção científica acerca da saúde indígena no contexto urbano é escassa, com concentração na região Norte. A minoria dos estudos trata da saúde indígena urbana de forma isolada, majoritariamente no cenário biomédico da saúde indígena, que também é limitado. Portanto, para melhor entender as condições, diferenças e necessidades dessa população e contribuir cientificamente para futuras pesquisas, é necessário reunir todas as informações relevantes produzidas cientificamente.