A Retocolite Ulcerativa (RCU) é uma doença inflamatória crônica intestinal que afeta principalmente o cólon e o reto, caracterizada por inflamação e úlceras na mucosa do intestino. A RCU é mais comum em países desenvolvidos e afeta igualmente homens e mulheres. Embora a causa exata seja desconhecida, parece haver uma predisposição genética, bem como fatores ambientais que contribuem para o seu surgimento. Quanto à etiologia, não é completamente compreendida, mas acredita-se que a doença seja desencadeada por uma resposta imunológica anormal do organismo contra a própria mucosa do cólon e do reto. Fatores genéticos, ambientais e imunológicos estão envolvidos na sua patogênese. As manifestações clínicas podem variar de leves a graves e incluem diarreia com sangue e muco, dor abdominal, perda de peso, fadiga, febre e urgência para evacuar. O diagnóstico clínico da é baseado na história clínica do paciente, sintomas apresentados, exame físico e achados endoscópicos. A colonoscopia com biópsia é a principal ferramenta para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da inflamação. Além disso, exames laboratoriais, como hemograma completo, PCR e marcadores inflamatórios, podem auxiliar no diagnóstico e acompanhamento da doença, além de descartar outras condições. O tratamento da RCU é multidisciplinar e visa controlar a inflamação, induzir a remissão e prevenir recorrências. O uso de medicamentos anti-inflamatórios, imunossupressores e terapia biológica tem sido eficaz no controle da doença. Em casos graves ou refratários, a cirurgia pode ser considerada. Por fim, a dieta tem um papel importante no manejo da RCU. Pacientes podem apresentar deficiências nutricionais devido à má absorção e perda de nutrientes durante os surtos da doença. A orientação nutricional deve focar em dietas de fácil digestão, ricas em nutrientes e evitar alimentos que possam agravar os sintomas, como alimentos ricos em fibras e lactose.