Objetivos: Verificar o conhecimento acerca das lesões potencialmente malignas, avaliar a condição de saúde bucal quanto à presença de lesões potencialmente malignas e avaliar a qualidade de vida. Metodologia: Estudo transversal com amostra de 108 idosos, com aplicação de questionários sobre o conhecimento das lesões potencialmente malignas, câncer de boca, autoexame, qualidade de vida e realização do exame clínico. Resultados: Dos idosos, 3,7% souberam o que é câncer bucal e 38,9% ouviram/leram sobre lesões potencialmente malignas. Detectaram-se lesões em 1,8% dos idosos. Não houve diferenças significantes no índice GOHAI. Correlacionando a presença destas lesões ao conhecimento, dos indivíduos sem lesões, 46,2% sabem o que é câncer bucal, os que apresentaram lesões negaram conhecer o assunto. Além disso, 100% da amostra declarou ter conhecimento que o álcool/tabaco se relacionam ao câncer bucal e 88,7% do grupo de indivíduos que não possuíam lesões potencialmente malignas também concordaram com esta afirmação. Conclusão: Constatou-se um baixo grau de conhecimento e prevalência de lesões bucais potencialmente malignas. A qualidade de vida não teve influência quanto à presença ou ausência de lesões. Dos idosos pesquisados que apresentaram lesões, nenhum soube dizer o que é câncer bucal e 50% dos que não possuíam lesões bucais demonstraram entendimento sobre estas desordens. Assim, o desenvolvimento de maiores ações de promoção e prevenção da saúde bucal geriátrica, vinculada a esclarecimentos quanto às lesões potencialmente malignas e o câncer de boca, são notavelmente imprescindíveis.