Apesar do conhecimento do educador sobre primeiros socorros (PS) ser indispensável, especialmente na educação infantil, este tem sido relatado como insuficiente em algumas localidades. De modo que este artigo objetivou investigar o conhecimento de profissionais da educação infantil sobre PS, e avaliar os resultados da implementação de uma intervenção em educação em saúde, para capacitação dos educadores na área de urgência e emergência em um berçário privado no município de Palmas, estado de Tocantins, Brasil. Trata-se de investigação quase-experimental, não randomizada, baseada em observação (O) na pré-intervenção; intervenção (I) e observação (O) na pós-intervenção – modelo OIO). As observações pré e pós-intervenção foram realizadas por meio de um questionário semiestruturado para avaliação do conhecimento dos professores a respeito de conceitos e algumas das principais manobras de suporte básico de vida no contexto da educação infantil. A intervenção foi orientada pelo mesmo roteiro e conduzida pelo desenvolvimento de aulas teórico-práticas dialógicas e expositivas, realizadas por uma semana, com duração de 90 minutos por dia. Destacamos que, de forma geral, os profissionais não se sentiam preparados para lidar com urgências. Na observação pré-intervenção quase sempre houve prevalência ou grande proporção de respostas inadequadas em relação à abordagem aos acidentes e à vítima de acidente no contexto dos PS no âmbito da educação infantil. Ainda foi constado, após a intervenção, melhor adequação na maior parte dos questionamentos, bem como a indicação da menor frequência de incidentes e uma disposição mais confiante dos professores para prestar PS. Logo, é essencial aos profissionais da educação infantil que o treinamento em PS esteja previsto no currículo em sua formação inicial e continuada para efetiva promoção da saúde escolar e prevenção de lesões acidentais.