Este estudo se propõe a adaptar e aplicar o Índice de Pobreza Hídrica (IPH) em dois recortes escalares distintos na cidade de Campos dos Goytacazes, considerando a importância de avaliar a relação entre recursos hídricos e bem-estar humano. Com foco na gestão sustentável da água e a crescente escassez global, a pesquisa aborda a complexidade das estruturas de governança em diferentes níveis institucionais. Campos dos Goytacazes, inicialmente caracterizada por rica hidrografia, enfrenta desafios socioambientais decorrentes do crescimento urbano. A metodologia emprega questionários estruturados aplicados em áreas urbanas centrais, denominadas A1-CENTRO e A2-GUARUS, revelando semelhanças e diferenças nos resultados do IPH. As áreas centrais exibem baixa pobreza hídrica, destacando-se por disponibilidade elevada de recursos e acesso à água potável. A análise por componentes evidencia a baixa participação em movimentos sociais, principalmente em Guarus. Notavelmente, a área central enfatiza espaços livres, enquanto a área de Guarus enfrenta menos problemas relacionados a alagamentos. Com insights valiosos para a gestão de recursos hídricos urbanos, este estudo contribui para a compreensão das condições socioambientais e destaca a utilidade do IPH como ferramenta de avaliação em escalas locais.