Infância, Identidade Étnica e Conhecimentos de Matriz Africana na Escola

Abstract

Resumo: Este artigo analisa a produção literária infantil e juvenil do escritor Reginaldo Prandi, que aborda a mitologia iorubá e a cultura iorubá-descendente no Brasil, com o propósito de apresentar suas possibilidades de uso como literatura e material didático na escola. Com base na seleção de seis obras do autor, procura-se situar esta produção no conjunto dos seus escritos, com vistas a examinar as representações de infância e criança expressas nessas narrativas. O ensaio articula temas como identidade étnica, diáspora africana, educação antirracista e decolonial, como contribuição à reflexão sobre a importância das culturas africanas e afrodescendentes na Educação Básica.

Interfaces da Educação sexual

“…Desejamos afirmar, com segurança, que o sujeito é isso, e, consequentemente, ele não é aquilo? (LOURO, 2000, p, 61--62 apud MISKOLCI, 2014. No Brasil, o branqueamento é frequentemente considerado como um problema do negro que, descontente e desconfortável com sua condição de negro procura identificar-se com o branco, miscigenar-se com ele para diluir suas características raciais (Bento, 2002, p.1).…”

Formação de professores de inglês em contexto extensionista

“…Ouvi, muitas vezes, falas sobre os recursos que faltavam nessas instituições, sobre como os alunos eram "desinteressados" ou "problemáticos". Os corpos dos alunos foram classificados, como é frequentemente feito a partir da ideia de que as identidades podem ser definidas com base no que é visível -tanto pelo que são quanto pelo que não são (Louro, 2000) -, e eu que me via como um deles sentia que não me encaixava na classificação. Nesse processo, entrava em conflito.…”

Formação docente, práticas educativas (decoloniais) e avaliação: múltiplos olhares

“…Como herdeiros de uma escola que historicamente sempre privilegiou conteúdos eurocêntricos, vivemos hoje a urgência de rever conteúdos e temas formativos em nossos bancos escolares, no trabalho com História, Geografia, Artes, Literatura, Filosofia, Matemática e Música." (ALCANFOR; BASSO, 2019) É importante destacar que essa pesquisa assume a escrevivência, minha escrita e experiência pessoal, como uma metodologia, para isso foi necessário retomar minha trajetória até o ponto de encontro com meu objeto de pesquisa, e inevitavelmente, romper com os silêncios impostos às mulheres negras no nosso processo histórico e de construção social.…”