Infant observation and the French model

Abstract

Psychoanalytic training in the French Societies belonging to the International Psychoanalytic Association does not grant any place to the observation of babies as it exists in certain societies of other countries. Infant observation is even the object of sharp critiques by eminent French theoreticians. The reasons given for condemning infant observation and refusing to give it any place in the training programme lie in theoretical positions concerning the very nature of the Freudian discovery and its interpretation, which is more idealistic than empirical. The author discusses these reasons while drawing attention to the frequent confusion between a reference to empiricism and a reference to the experimental. The fear of a psychologizing deviation of metapsychology and of a denial of psychic reality leads, in the French model, to placing the emphasis on personal analytic experience during the candidate's psychoanalysis, prolonged by supervisions. It excludes any academic teaching of metapsychology or of related disciplines. The confusion between the empiricism of Esther Bick's method and the recourse to experimental procedures in developmental research stands in the way of making a place for infant observation and of recognizing its training value, not so much for the acquisition of new knowledge or the validation of metapsychological models, as for its usefulness in developing a mode of psychoanalytic observation and an increase in the candidates' containing capacities.

The psychic envelopes in psychoanalytic theories of infancy

“…Houzel can be credited with truly establishing the concept of the “psychic envelope” (1987, 2005, 2012). He connected it with the early contributions of Bion, Bick and post-Kleinian psychoanalysts, so enabling it to be related more directly to the infant's body image.…”

O cuidado parental igualitário: implicações para a construção de um modelo de interação triádica pai-mãe-bebê

“…As anotações deveriam ser feitas imediatamente após a hora de observação e com o máximo de detalhes possíveis, numa linguagem simples e desprovida de interpretações teóricas. Segundo Esther Bick, o observador deveria deixar que os processos interativos recorrentes emergissem ao longo do acompanhamento familiar, tomando cuidado para que a teoria aprendida não o fizesse se precipitar em conclusões que não pudessem se sustentar a partir do material observado (Golin, Benetti & Donelli, 2011;Houzel, 2012;Oliveira-Menegoto et al, 2006). Oliveira-Menegotto, Lopes e Caron (2010) O setting contratual consiste no objetivo que mobiliza a própria observação e que foi definido de antemão nos pressupostos do método.…”

“…O observador, futuro psicoterapeuta, teria como meta principal aprender por meio da experiência de observação como se dá o processo de desenvolvimento psíquico infantil dentro do ambiente familiar. Sem a pretensão de ser preventivo ou terapêutico o método foi desenvolvido para proporcionar ao estudante/observador uma oportunidade de acompanhar o processo de construção das primeiras relações da criança, organizadas progressivamente de formas específicas no cotidiano familiar (Houzel, 2012).…”

“…Este setting é construído pela capacidade de atenção, escuta e empatia em relação ao que acontece no ambiente familiar, o que poderia ser entendido como um espaço intersubjetivo sustentado pela presença continente do observador. Neste sentido, assim como a mãe deve conter as projeções relativas às ansiedades e angústias intoleráveis para o bebê, o observador deve conter as projeções provenientes do bebê e da mãe em relação ao que está sendo produzido na interação, sem deixar que estas projeções o façam sair de sua posição (Houzel, 2012).…”

“…Realizou-se também uma supervisão de pesquisa na qual aquilo que emergiu como processo interativo foi analisado em relação aos seguintes aspectos: os referenciais psicanalíticos em torno das parentalidades contemporâneas, com ênfase nas famílias constituídas pelo casal heterossexual e monogâmico; os referenciais acerca da manutenção das relações de gênero no cuidado parental; as implicações de novas práticas parentais para o processo de constituição psíquica da criança; e a análise dos processos interativos diádicos e triádicos. Esta supervisão foi conduzida pela orientadora de doutorado, Professora Isabel O fechamento do setting material (Houzel, 2012) demarcado pela entrevista não significou a interrupção do processo elaborativo, pois os encontros intersubjetivos e intercorporais continuaram a produzir efeitos na observadora/pesquisadora, transformando-se nesta produção textual. Dessa maneira, esta tese é produto da integração criativa das experiências junto às famílias e que foram organizadas numa narrativa utilizada para discutir os revestimentos psicossociais e os processos interativos presentes nas práticas parentais contemporâneas.…”