Estudos relacionados com resgate e propagação vegetativa de espécies arbóreas nativas da Amazônia podem fornecer informações importantes para o estabelecimento da silvicultura clonal. Dentre as espécies arbóreas da Amazônia com expectativa para o estabelecimento da silvicultura clonal, pode-se citar a Schizolobium parahyba var. amazonicum (paricá). Contudo, ainda é incipiente o conhecimento sobre a eficiência de técnicas para essa espécie que visam ao revigoramento e/ou rejuvenescimento, resgate e propagação clonal de materiais superiores. Portanto, o objetivo geral deste trabalho foi avaliar a resposta do paricá e eficiência da aplicação das técnicas de decepa, enxertia, mergulhia de cepa e estaquia direta a campo. O trabalho foi dividido em três capítulos. Capítulo I: sazonalidade e altura de decepa na indução de brotações epicórmicas de Schizolobium parahyba var. amazonicum (paricá). Neste estudo, foram selecionadas árvores de paricá de cinco anos de idade e decepadas com corte do fuste em três alturas (0 = nível do colo; 10 cm de altura a partir do colo; e 30 cm de altura a partir do colo), sendo avaliadas as emissões de brotações epicórmicas em duas estações do ano (EC = estação chuvosa de dezembro a junho e; ES = estação seca de julho a novembro). Capítulo II: Resgate vegetativo de Schizolobium parahyba var. amazonicum (paricá) via enxertia de campo e mergulhia de cepa. Para o experimento de enxertia, os tratamentos foram dois diâmetros de enxertos obtidos a partir de brotações basais induzidas pela decepa de árvores de paricá com cinco anos de idade. O tipo de enxertia aplicada foi a garfagem em fenda cheia, sendo realizada em porta-enxertos seminais produzidos via semeadura direta no campo. Quanto ao experimento de mergulhia de cepa, os tratamentos foram cinco doses de ácido indolbutírico (AIB), aplicadas na região anelada de brotações oriundas de cepas de paricá, realizando-se em seguida a amontoa com solo do entorno da cepa até 15 cm acima da parte anelada. Capítulo III: Propagação vegetativa de Schizolobium parahyba var. amazonicum (paricá) via estaquia direta a campo. No experimento 1, o primeiro fator foi a redução foliar (SF = sem folha; PF = um par de folíolos; e FI = uma folha inteira). Para o experimento 2, o primeiro fator foi o uso de filme de parafina (sem e com Parafilm ® ). Para ambos os experimentos, o segundo fator foi as doses de AIB. As técnicas de decepa, enxertia e mergulhia de cepa de paricá demonstraram-se potenciais para a indução de brotações epicórmicas, rejuvenescimento e resgate vegetativo de árvores com cinco anos de idade. A técnica de estaquia direta a campo de paricá não obteve pleno êxito, visto que a maioria das estacas não sobreviveu no final do período de avaliação, indicando a necessidade de uso de mais tecnologias e remodelação para buscar compreender e atender as peculiaridades da espécie. Palavras-chave: Silvicultura clonal. Enxertia. Estaquia. Mergulhia. Paricá.