“…Entretanto, pesquisas apontam que nas empresas familiares a propriedade e a gestão tendem a coincidir, por isso nessas empresas os problemas clássicos de agência ocorrem com menor intensidade e a demanda por mecanismos de alinhamento de interesses é relativamente menor em comparação com as empresas não familiares (Bouzgarrou & Navatte, 2013;Silva, 2015;Feldman, Amit & Villalonga, 2016;Helsen et al, 2017;Moura & Beuren, 2017). Além disso, como as empresas familiares possuem uma parte substancial da riqueza pessoal da família investida na própria empresa, mesmo que os membros familiares não participem diretamente da gestão, eles têm fortes motivos para monitorar os gestores (Berrone, Cruz & Gomez-Mejia, 2012;Feldman et al, 2016;Helsen et al, 2017), Dessa forma, é provável que haja diferença considerável no desempenho obtido com as aquisições quando estas são realizadas por empresas familiares e não familiares, pois devido ao alto envolvimento da família no controle e na gestão da empresa, além de outras características peculiares das empresas familiares como maior aversão ao risco e menor diversificação dos investimentos (Caprio et al, 2011), os executivos de empresas familiares não tendem a utilizar as aquisições como meio de promover seus interesses individuais (Cesari et al, 2016).…”