Objetivo: Identificar a relação entre autoengano e evasão fiscal no Brasil, tendo em vista que elas podem estar relacionadas, dada a diversidade comportamental dos contribuintes.
Referencial teórico: Conteúdos relacionados a autoengano e comportamento humano.
Método: A coleta de dados deu-se por aplicação de questionários da subescala Self-Deception Enhancement e a Impression Management no período de fevereiro e março de 2020. Utilizou-se da regressão logística sob a perspectiva univariada e multivariada para identificar a relação entre as variáveis.
Resultados e conclusão: Utilizando-se dos indicadores de cada constructo obtido na análise fatorial, verificou-se que o aumento na propensão ao autoengano diminui a chance de evadir fiscalmente. As motivações intrínsecas e extrínsecas dos contribuintes sugerem a necessidade de a gestão pública/privada estabelecer maior transparência tributária dos fatores socioeconômicos e fiscais para a redução e inibição de práticas de sonegação fiscal.
Implicações da pesquisa: Os achados são úteis para auxiliar a Administração Pública na implantação de estratégias eficazes na promoção da inibição de níveis e efeitos da evasão fiscal, considerando a diversidade de comportamento dos contribuintes, sem ignorar suas motivações intrínsecas, uma vez que estas são determinantes para compreender a atitude diante de práticas ilegais. Pelas consequências geradas à economia e à sociedade, a inibição à evasão fiscal se faz necessária para o seguimento do financiamento público e a garantia pelo respeito dos princípios constitucionais.
Originalidade/Relevância: O estudo aborda o tema por uma perspectiva que investiga o comportamento humano através de estratégias sociais que podem influenciar a prática de evasão fiscal e contribuir para a redução do gap tributário.