Introdução: A teleassistência mostra-se capaz de melhorar a tomada de decisões compensando a escassez de recursos de cuidados de saúde em áreas específicas. Objetivo: Descrever a experiência da teleassistência na área de enfermagem em obstetrícia realizada pelo NUTES/UFPE. Métodos: Estudo descritivo, realizado com teleconsultorias de obstetrícia do NUTES/UFPE de 2009 a 2015. A partir de uma base de dados que reúne todas as teleconsultorias realizadas pelo NUTES, foram selecionadas todas as teleconsultorias cuja especialidade foi a obstetrícia. Resultados: Foram realizadas 906 teleconsultorias na área de obstetrícia. Os profissionais que mais utilizam e mais respondem a teleassistência são os enfermeiros com 55% e 66,9%, respectivamente. Observa-se que 77% eram relacionadas com aspectos da gravidez e 17% ao período de pós-parto. Conclusão: A teleassistência apoia os profissionais que necessitam de uma segunda opinião dos especialistas. Tem potencial de redução da morbimortalidade materna e neonatal. A enfermagem obstétrica pode apoiar os profissionais não especialistas a melhor atender às mulheres em todo o ciclo gravídico puerperal, desde à pré-concepção até o término do puerpério, estendendo-se também à atenção aos fetos e familiares.Palavras-chave: telemedicina, enfermagem obstétrica, atenção primária à saúde, consulta remota.