O pessegueiro (Prunus persica L. Bastsch) é uma planta da família das rosáceas, originaria da Ásia. Dos frutos de clima temperado, o pêssego é um dos mais perecíveis, em razão do seu rápido metabolismo após a colheita. A aplicação de ceras começou a ser estudada na década de 80. Apesar de se mostrar eficiente, tem como principal limitação seu custo e o possível efeito residual nos frutos. O uso da cobertura de cera para pêssegos estende-lhes a vida de mercado pela redução na perda de umidade e, conseqüentemente, do enrugamento, o que proporciona melhoria na aparên-cia geral [4]. HAGENMAIER & BAKER [9] afirmaram que as emulsões à base de cera de carnaúba dão melhor proteção contra a perda de massa fresca do que as ceras com base na goma laca, polietileno oxidado, ou resina de madeira. Conseqüentemente observaram melhor resistência à permeabilidade ao vapor dágua pelas emulsões de cera de carnaúba. Formulações contendo 5% de cera de carnaúba diminuem de 10% a 30% o amolecimento de goiabas [13].Formulações de filmes comestíveis devem incluir pelo menos um componente capaz de formar uma matriz adequada, contínua e coesa. Os materiais básicos para a constituição das formulações podem ser classificados em três categorias: polissacarídeos, lipídeos e proteínas. Polissacarídeos (gomas vegetais ou microbianas, amidos, celuloses, etc) apresentam boas propriedades para a formação de filmes. Filmes formados com estes componentes hidrofílicos proporcionam eficientes barreiras contra óleos e lipídios [15], mas suas propriedades como barreira para umidade são pobres. KLUGE et al. [12] estudaram o efeito do Tal-prolong em frutos de pessegueiro da cultivar BR-6 tratados nas concentrações 0%; 0,5%; 1,0%; 1,5% e 2,0%. Os frutos foram armazenados por 20 e 30 dias a 0 0 C e 90-95% de
RESUMOO presente trabalho objetivou prolongar a conservação pós-colheita de pêssegos, armazenando-os à temperatura ambiente. Inicialmente selecionou-se uma microemulsão à base de fécula de mandioca e cera de abelha. Posteriormente ela foi testada, aplicando-a na superfície dos frutos em comparação com Fruit wax (cera comercial), com o intuito de se verificar o efeito dos diferentes tratamentos na composição química, física e físico-química dos mesmos. Utilizaram-se pêssegos Biuti colhidos manualmente em 14/01/1999, ao atingirem o ponto de maturação fisiológica. Do lote colhido foram selecionados 120 frutos sendo os mesmos analisados quanto a perda de massa fresca, taxa respiratória, textura, sólidos solúveis totais, acidez total titulável e pH, a cada 3 dias.
SUMMARYPOSTHARVEST OF PEACHES (Prunus persica L. Bastsch) COVERED WITH FILM-FORMING OF CASSAVA STARCH AS ALTERNATIVE TO THE COMMERCIAL WAX. The main objective of this work was to prolong the shelf life of peaches at ambient conditions. Initially, the studies were to get a film forming of cassava starch and bee wax with similar properties of commercial waxes. The second pass was apply in the surface of the fruits, commercial wax ( Fruit wax) or film-forming of cassava starch and bee wax. The peac...