ResumoO experimento ocorreu durante seis meses nos períodos de transição chuvoso-seco (junho, julho e agosto) e seco (setembro, outubro e novembro) no município de Barreira, região semiárida do Maciço de Baturité, no estado do Ceará, com o objetivo de avaliar a susceptibilidade ao estresse térmico de vacas leiteiras mestiças (Bos taurus taurus x Bos taurus indicus) com diferentes pigmentações de pelame. Foram utilizadas 37 fêmeas em lactação divididas em três grupos de acordo com a cor do pelame (branco, preto e vermelho). Os dados climáticos de temperatura ambiente (TA) e umidade relativa do ar (UR) foram obtidos por termo higrômetro para calcular o índice de temperatura e umidade (ITU) e, assim, avaliar o conforto ambiental. Foram coletados os dados de temperatura superficial (TS) e frequência respiratória (FR), de modo que, a temperatura superficial (TS) foi obtida por meio de um termômetro digital a laser das seguintes regiões: cabeça, pescoço, tórax, flanco e úbere. A frequência respiratória (FR) foi obtida por avaliação visual, pela observação dos movimentos do flanco durante 15 segundos e, o valor obtido multiplicado por 4, com o resultado expresso em movimentos por minuto (mov/min). Os resultados mostraram que houve situações de estresse térmico devido aos valores máximos do ITU (93,3 vs 92,4) nos dois períodos, aliado ao aumento da temperatura superficial (40,2 vs 40,1 vs 37 ⁰ C) e frequência respiratória (50,9 vs 41,8 vs 42,2 mov/min-1) nas vacas de pelame preto, branco e vermelho no período de transição chuvoso-seco (P<0,05) em comparação ao período seco. Em conclusão, vacas leiteiras mestiças de pelagem branca e vermelha são mais termotolerantes do que vacas de pelagem preta, devendo esta característica ser considerada na escolha de animais para a produção de leite na região semiárida do Maciço de Baturité.Palavras-Chave: bioclimatologia animal, tolerância ao calor, bovinocultura leiteira.
IntroduçãoOs bovinos são animais homeotérmicos, para tanto necessitam manter a temperatura 1 *Méd. Vet., Prof