OBJETIVOS: verificar os efeitos de técnicas de fisioterapia respiratória (TFR) na dor e na função cardiorrespiratória de recém-nascidos (RN) clinicamente estáveis com prescrição de TFR, internados em unidade de terapia intensiva neonatal. MÉTODOS: ensaio clínico randomizado cego. Os RN foram alocados em três grupos: G1-controle; G2- fisioterapia convencional; G3-reequilíbrio tóracoabdominal. Neonatos do G2 e G3 receberam intervenção em atendimento único. Todos foram avaliados antes, imediatamente após e 15 minutos após o término da intervenção/repouso quanto aos parâmetros cardiorrespiratórios (saturação periférica de oxigênio/SpO2, frequências cardíaca/fc e respiratória/fr) e dor (escalas específicas: NIPS, NFCS e PIPP). Para análise dos dados foram aplicados: testes qui-quadrado, Friedman, Kruskal- Wallis e, posteriormente, análise de comparações múltiplas, com p<0,05 significativo. RESULTADOS: participaram do estudo 60 RN, dos quais 56,7% eram do sexo feminino, 68,3% prétermo/ muito baixo peso, com média de idade gestacional corrigida de 38,88 ± 2,03 semanas, idade de 13,22 ± 7,37 dias e peso de 1603,42 ± 439,16 gramas. Antes da intervenção, os grupos eram equivalentes quanto à presença de dor e parâmetros cardiorrespiratórios basais. Comparando os efeitos de cada um dos procedimentos, entre os grupos e no decorrer das três avaliações, não houve alterações significativas em nenhum dos parâmetros cardiorrespiratórios avaliados (p>0,05) e em relação à dor houve mudanças significativas nas escalas NIPS (G1 e G2, p=0,037 e p=0,011, respectivamente) e PIPP (G2, p=0,005). CONCLUSÕES: técnicas de fisioterapia respiratória não desencadearam dor, nem instabilidade cardiorrespiratória nos RN estudados.