Objetivo: Comparar a confiabilidade da avaliação de congestão pulmonar pela ausculta e pelo POCUS em pacientes hemodialíticos realizada por diferentes examinadores: médico habilitado e acadêmico de Medicina. Métodos: Estudo com pacientes em hemodiálise na clínica Pró-Renal. Foram coletadas as comorbidades e sinais clínicos de congestão em conjunto com a ultrassonografia, escaneando oito áreas pulmonares para identificar presença de linhas B. Resultados: De 30 pacientes, 36,6% apresentavam edema periférico e 13,3% turgência jugular. A prevalência de congestão pulmonar avaliada pelo médico na ausculta e no exame ultrassonográfico foi de13,3% e de 50,0%, respectivamente. Na avaliação dos acadêmicos, ambos obtiveram prevalência de 20% pela ausculta, já pela ultrassonografia foi de 60,0% e de 50,0%. Na avaliação pela ausculta entre o médico e os acadêmicos, observou-se uma concordância moderada (κ=0,48) e baixa (κ=0,19), respectivamente. Na congestão pulmonar avaliada pelo POCUS, entre o médico e o acadêmico 1 observou-se uma concordância substancial (κ=0,67), e moderada (κ=0,47) para o acadêmico 2. Conclusão: O POCUS para o diagnóstico de congestão pulmonar foi superior à ausculta, sendo confiabilidade moderada e substancial entre o médico e os acadêmicos no diagnóstico pelo POCUS, no entanto, na ausculta encontrou-se uma concordância moderada e baixa.