RESUMOO objetivo do estudo foi conhecer as percepções de famílias em fase de aquisição, quanto à sua inclusão social na comunidade em que vivem. Inquérito de base populacional com 101 famílias, por meio de visitas domiciliares e aplicação de um instrumento que contemplou variáveis de diversas naturezas quanto à inclusão social. As entrevistas foram realizadas no período de julho a setembro de 2012 no município de Palmitos, Santa Catarina. A análise foi de cluster (agrupamento). Os respondentes avaliaram como "boa" e "regular" as questões que mediam a percepção familiar sobre o exercício da cidadania. "Muito boa" foi a percepção sobre o apoio que recebem de algumas redes sociais. A renda familiar foi o maior motivo de descontentamento. Quanto aos serviços de saúde, a avaliação das Unidades Básicas de Saúde foi predominantemente positiva, ao contrário da Estratégia de Saúde da Família, avaliada com baixo desempenho. As questões de saneamento básico também receberam avaliação negativa. Diante dos resultados, deve-se considerar a importância do trabalho interdisciplinar, do esforço coletivo dos profissionais de saúde, da intersetorialidade, com ação imediata, fundamentais para promover a saúde e melhorar a qualidade de vida da população assistida.
INTRODUÇÃOO tema família vem sendo discutido durante décadas no setor saúde, tanto no cenário dos serviços de saúde quanto nas universidades, principalmente após a implantação, pelo Ministério da Saúde, da Estratégia de Saúde da Família (ESF) em grande parte do território nacional (1) . Mesmo que as equipes da ESF não consigam ainda gerenciar suas ações numa perspectiva que envolva a família e o território, e não apenas a pessoa isoladamente, existe um esforço dos profissionais comprometidos com uma saúde mais integral e cidadã de investir em estudos sobre a família, observando suas características e singularidades (1) , a fim de oferecer subsídios à orientação da prática profissional em saúde e outras áreas e à formulação de políticas públicas (2) . Estudos atuais evidenciam que as concepções sobre promoção da saúde se referem à história natural da doença, havendo uma relativa ausência de menção aos questionamentos a seu respeito, assim como aos conhecimentos e discussões sobre o processo saúde-doença, seus determinantes e a promoção da saúde numa visão pós-Carta de Otawa (3)