Interpretação Do Risco De Desastres Por Alunos De Ensino Fundamental E Médio

Abstract

<p>Este trabalho traz como motivação a compreensão do imaginário infantil e adolescente entre um público que, em sua maioria, não vivenciou um desastre, apesar de morar em áreas de risco. A investigação revela o perfil de um grupo importante, caracterizando-se como um significativo ponto de partida para trabalhos de educação e prevenção de desastres, uma vez que oferece como base a análise de crenças e expectativas relacionadas aos desastres. Para caracterizar este perfil, foram aplicados questionários semi-estruturados a alunos de ensino fundamental e médio de escolas públicas localizadas próximas a áreas de risco em Campos do Jordão (SP). Apesar da presença de várias áreas de risco no município, a maioria dos entrevistados não reconhece este risco como parte de sua realidade. É importante que o órgão de Defesa Civil (DC), juntamente com as comunidades envolvidas, elabore um planejamento especial de ações de evacuação para este grupo vulnerável na iminência de um desastre e também medidas diferenciadas de atendimento pós-impacto. Os entrevistados mostraram-se receptivos a possíveis ações da DC e a discussões gerais sobre o tema desastres. Recomendamos uma parceria entre as escolas e a DC local para atividades de educação e planejamento.</p>

Capacidades das instituições municipais de Proteção e Defesa Civil no Brasil: desafios e perspectivas

“…Nos questionários respondidos por agentes de defesa Civil neste trabalho e em entrevistas com comunidades atendidas pela Defesa Civil (Londe et al, 2014) percebemos a falta de uma definição clara de quem faz parte da Defesa Civil.…”

“…Como exemplo, estudantes residentes em áreas de risco de desastres em Campos do Jordão -SP (Londe et al, 2014) A insuficiência de recursos compromete os serviços prestados à população, como a reversão de cenários de vulnerabilidade e ações de fiscalização, mobilização e mitigação dos prejuízos humanos e materiais de eventos adversos.…”

Crianças em situações de riscos e desastres: atenção psicossocial, Saúde mental e direitos humanos

“…Consequências da exposição a inundações no Zimbabué, provocaram perda de horas de aprendizagem, baixas no pessoal qualificado, surto de doenças transmitidas pela água, alta de absentismo e baixo índice de cumprimento do currículo, levando a um baixo rendimento escolar das crianças. (Mudavanhu, 2014) Por fim, o artigo de Londe et al (2014) ressalta a importância de estabelecer uma parceria entre as escolas e a Defesa Civil local para atividades de educação e planejamento.…”

“…Ações educativas e informativas relativas à prevenção e mitigação de desastres são fundamentais para a redução de riscos e da vulnerabilidade. (Londe et al, 2014), Embora os estudos tenham sido classificados em termos de fase de enfrentamento (prevenção, preparação, resposta e reconstrução), vale ressaltar que muitos deles ao tratar de resposta, discutiam estratégias de prevenção e preparação aprendidas com o pós desastre. Esse fato denota a importância da noção de gestão integral de riscos e desastres, pensando num ciclo de gestão de riscos e gerenciamento de desastres, cujas fases não são lineares, e constituem uma estrutura dinâmica e relacional.…”

“…Outros estudos destacam estratégias de redução de riscos de desastres (Martin, 2010, Mudavanhu et al, 2015, com muitas propostas no contexto educacional de forma a contemplar o currículo escolar (Mudanhavu, 2014, Londe et al, 2014, Ronan & Towers, 2014, incluindo materiais de apoio para profissionais nas tarefas de prevenção (Hurtado, 2000).…”