Introdução: Os cuidados paliativos para pacientes oncológicos tem por finalidade promover a qualidade de vida por meio do controle de sinais e sintomas, melhoria do bem-estar físico, emocional, social e espiritual. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de pacientes oncológicos em cuidados paliativos. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal, de abordagem quantitativa, realizada com 21 pacientes internados em uma unidade de cuidados paliativos. Foram coletados dados sobre aspectos sociodemográficos e clínicos, e utilizada a escala do European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality-of-Life Questionnaire Core15 PAL (EORTC QLQ C-15 PAL) para avaliação da qualidade de vida. Resultados: A media de saúde global foi de 60,32, sendo a qualidade de vida considerada satisfatória. Na escala de sintomas, os domínios mais afetados foram dor (52,38), constipação (46,03) e fadiga (42,86). A função emocional (37,30) mostrou-se pior do que a avaliação da função física (59,79). Houve relação significativa do tempo de diagnostico com a qualidade de vida geral e a dispneia do performance status de Karnofsky (KPS) com o funcionamento físico, bem como da presença de metástase com dispneia. Conclusão: A qualidade de vida deve ser avaliada diariamente, visto que os cuidados paliativos consideram, além dos sintomas, o conforto do próprio paciente durante o estado de doença que ameaça a vida e as intervenções efetivas de cuidados, permitindo assim o direcionamento da atuação da equipe multiprofissional.