Morinda citrifolia L. (Rubiaceae), popularmente conhecida como noni, é amplamente utilizada na Polinésia e no Havaí, para tratamento de diversas patologias, como: dislipidemia, diabetes, câncer, hipertensão, cicatrização, dentre outras. Atualmente, observa-se também o uso exacerbado no Brasil, especialmente na região Nordeste, onde a planta se adaptou bem. Porém, ainda não há certeza da sua eficácia, e muitas pesquisas sobre a ação terapêutica do noni estão em desenvolvimento, embora os resultados sejam bastante controversos. O que torna o noni uma planta diferenciada e que requer atenção especial é seu potencial hepatotóxico. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) fundamenta a sua recomendação de não utilizar o noni, também, com base em relatos de toxicidade em humanos. Este trabalho é uma revisão da literatura, com objetivo de avaliar o potencial terapêutico desta planta de acordo com os estudos já desenvolvidos. Dessa forma, é possível realizar uma análise crítica do uso irracional desta planta e contribuir com a divulgação de possíveis riscos à saúde.