Introdução à Teoria das Molduras Relacionais (Relational Frame Theory): principais conceitos, achados experimentais e possibilidades de aplicação

Rule-governed behavior is broadly defined as verbal antecedent stimuli that specify dependence relations between stimuli and events. Since its conception, this definition has supported a relatively rich program of research within the experimental analysis of behavior. Specifically, researchers have sought to explore the extent to which verbal rules are involved in operant behavior, both in the basic and applied domains. However, some have highlighted the need for a more complete understanding of what “specification” means in the context of rule-following and behavior analysis. The current article aims to present an operant account of what it means to understand and follow verbal rules, drawing largely on stimulus equivalence, and focusing in particular on a relational frame theory (RFT) perspective. To this end, we provide an overview of an RFT-based operant account of rule-following as it currently stands, and outline a recent program of experimental research that has utilized this approach to explore the complexities involved in rule-following in the face of competing reinforcement contingencies, a phenomenon typically linked to human psychological suffering. Implications for going forward in developing a more complete operant account of rule-governed behavior in both the basic and applied domains are considered.

Section: Rft: Some More Detailsmentioning

confidence: 99%

Rule-governed behavior: An ongoing RFT-based operant analysis

Zapparoli¹,

Marín²,

Harte³

2021

“…se A=B e B=C, e A tem função aversiva, C também será um estímulo com função aversiva derivada; se A<B e B<C, então C será ainda mais aversivo do que A), caracterizando o que é chamado de transformação de função (Hayes et al, 2001) ou, no caso de relações de coordenação ou equivalência, encontra-se mais comumente na literatura o termo transferência de função. Tais propriedades funcionais do responder relacional arbitrariamente aplicado (ou RRAA; ver Hayes et al, 2001;Perez, Nico, Kovac, Fidalgo & Leonardi, 2013) tem sido amplamente estudadas empiricamente. O efeito de diferentes tipos de respostas relacionais (e.g., equivalência, comparação, oposição etc.)…”

Section: Nota Dos Autoresunclassified

Transferência de Controle Contextual (Cfunc) de Múltiplas Funções Derivadas via Relações de Equivalência

Azevedo¹,

Pérez²,

Vichi³

2021

Self Cite

O presente artigo investigou a transferência de controle contextual funcional (Cfunc) de múltiplas funções derivadas via relações de equivalência. Quatro adultos participaram da pesquisa. Inicialmente, foram estabelecidas duas redes baseadas em relações de equivalência: A1B1C1D1E1 e A2B2C2D2E2. Em seguida, duas funções distintas, uma estabelecida por reforçamento positivo (pressão à tecla) e uma por reforçamento negativo (clique em um botão), foram estabelecidas na presença dos estímulos B (B1 e B2) e contextualmente controladas pela cor de fundo no qual tais estímulos eram apresentados (Azul/B1 → clicar botão, Amarelo/B1 → pressionar Z, Azul/B2 → pressionar Z, Amarelo/B2 → clicar botão). Testes de transferência de função apresentaram estímulos equivalentes aos estímulos do conjunto B (no caso, D1 e D2) nas mesmas cores de fundo (e.g., Azul/D1 → clicar botão, Amarelo/D1 → pressionar Z), documentando o controle contextual de múltiplas funções derivadas. Em uma fase subsequente, as cores de fundo inicialmente estabelecidas como dicas contextuais funcionais foram relacionadas como equivalentes à padrões de linha (Azul = Vertical; Amarelo = Horizontal). A transferência da função contextual Cfunc foi verificada substituindo as cores de fundo pelos padrões de linha durante a apresentação dos estímulos dos conjuntos B e D (e.g., Vertical/B1 → clicar botão, Horizontal/B1 → pressionar Z). Discute-se as implicações do controle contextual de múltiplas funções derivadas e a transferência da função Cfunc para uma abordagem comportamental da linguagem e da cognição.

“…A partir do momento em que estímulos estão verbalmente relacionados, pode-se dizer que eles fazem parte de uma moldura relacional (do inglês, "relational frame"), termo que se refere a uma classe particular de RRAA, controlada pelo contexto específico que evoca a sua ocorrência (Perez et al, 2013). Existem diversos tipos de molduras relacionais, que indicam o tipo de relação entre os estímu-los envolvidos: coordenação, oposição, distinção, comparação, hierarquia, moldura temporal, espacial e dêitica 3 .…”

Section: Um Breve Histórico Da Rftunclassified

Quando o Pensamento Positivo não é o Bastante: O papel do HDML na explicação de comportamentos complexos pela RFT

Simões¹,

Ferreira²

2021

Uma tese central da Teoria das Molduras Relacionais afirma que relatos e autorrelatos não apenas descrevem o mundo, público ou privado, mas também transformam as funções deste mundo descrito. A atribuição de novos contextos verbais para ocorrência de eventos públicos e privados pode ser chamada de recontextualização verbal e é uma das principais estratégias utilizadas pela Terapia de Aceitação e Compromisso. Em uma perspectiva clínica, se considerarmos que relatos e autorrelatos promoveram funções de estímulos pouco úteis para a construção de uma vida valorosa para um sujeito, não seria, então, o caso de inserirmos outros relatos e autorrelatos? Se considerarmos autorrelatos como pensamentos, a indicação clínica seria então uma “re-programação” dos pensamentos? Para responder a tais questões, este artigo se propõe a apresentar o desenvolvimento da RFT a partir do modelo Hyper-Dimensional Multilevel (HDML) e expor a relevância deste para a compreensão do comportamento humano complexo. Inicialmente apresentaremos uma breve descrição dos avanços da RFT, desde a proposta original até o HDML. Em seguida discutiremos como a conceitualização em dimensões é essencial para compreensão da intervenção clínica baseada na RFT e concluiremos com uma reflexão sobre a relação entre a pesquisa básica na RFT e a formação de novos terapeutas.