Esta pesquisa tem como objetivo propor uma análise das interseções entre música, alteridade e espiritualidade, a partir de uma comparação entre dois estilos musicais, a música Celta e o Psytrance. Ambos surgem da valorização e do aumento de interesse em culturas e práticas ligadas à natureza e a um imaginário do primitivo enquanto puro. O consumo de música ligada a este imaginário está associado a um estilo de vida naturalista, esotérico e místico, construído a partir de referências na contracultura. Para os consumidores destes estilos, as práticas e vivências comunais associadas à música adquirem um significado ritual.