Objetivo: analisar a qualidade de vida e a presença de sintomas depressivos em idosos com queixa de tontura. Método: estudo transversal, individual, observacional e contemporâneo. Foram analisadas as respostas da Anamnese, do Questionário SF-36 e da Escala de Depressão Geriátrica (GDS) de 153 idosos com queixa de tontura. Resultados: 64,1% dos idosos pontuaram acima do ponto de corte na Escala de Depressão Geriátrica, sendo que os percentuais foram semelhantes entre homens e mulheres (p=0,723). Houve associação inversa entre a pontuação na GDS e todos os domínios do SF-36, ou seja, quanto maior a pontuação na GDS, menor a qualidade de vida em todos os domínios. A frequência da tontura associou-se inversamente com os domínios do SF-36, exceto no de Dor, ou seja, quanto mais frequente a tontura, menor a qualidade de vida. Houve associação direta entre a pontuação na GDS com a idade e com a frequência da tontura, ou seja, quanto maior a idade e a frequência da tontura maior o grau de depressão (p<0,001). Conclusão: Idosos com queixa de tontura apresentam prejuízos significativos na qualidade de vida. A prevalência de sintomas depressivos foi significativa na amostra estudada. Houve associação entre a presença de sintomas depressivos e prejuízos na qualidade de vida. Estes achados corroboram com dados prévios da literatura que destacam os prejuízos da tontura na qualidade de vida de idosos bem como a presença de sintomas depressivos concomitantes a essa queixa nesses sujeitos, chamando atenção para a necessidade de uma abordagem multidisciplinar no manejo terapêutico desses pacientes.