Modelo do Estudo: Foi realizado um estudo individual, analítico, observacional, longitudinal prospectivo, controlado, estudo de coortes concorrente, realizado no período de abril de 2013 a novembro de 2014. Objetivo: Avaliar a microbiota presente no exudato da úlcera venosa de pacientes com “Bota de Unna” e a sua resistência aos antimicrobianos. Métodos: Foram coletadas amostras do exudato de feridas de pacientes com o uso de “Bota de Unna” e de terapia tópica durante a troca do curativo e após sete dias. Os micro-organismos isolados foram identificados e testados quanto à susceptibilidade a antimicrobianos: Resultado: Os micro-organismos Gram positivos isolados foram: S. aureus, E. faecalis, S. xylosus e S. haemolyticus. Os micro-organismos Gram negativos foram: E. coli, P. aeruginosa, S. plymuthica, P. mirabilis, K. pneumoniae, K. oxytoca, P. stuartii, P. vulgaris, A. hydrophila, S. marcescens, A.baumannii, E. cloacae e Tatumella sp. O percentual de crescimento e a microbiota no exudato da úlcera após sete dias não foi significante entre os dois tipos de curativo. O aumento de resistência dos cocos Gram positivos aos antimicrobianos testados nos pacientes que utilizam a “Bota de Unna” foi maior do que nos pacientes sem bota (p=0,0093). Conclusão: O número de micro-organismos na microbiota do exudato da úlcera venosa após troca do curativo é maior independentemente do tipo do curativo. Os cocos Gram-positivos apresentam aumento de resistência aos antimicrobianos nos pacientes que utilizam a “Bota de Unna”.