O ambiente urbano funciona como um ecossistema, onde diversas variáveis estão inter-relacionadas, interferindo em seu próprio metabolismo. Assim, objetiva-se com o presente artigo desenvolver uma reflexão acerca da relação de espaços ajardinados com o urbanismo sustentável e como os edifícios hospitalares biofílicos contribuem para o bioclimatismo e para a sustentabilidade urbana. A biofilia e o urbanismo bioclimático abordam a necessidade de adequação climática desses equipamentos de grande escala e impacto na paisagem e na funcionalidade da cidade, visando o alcance da sustentabilidade urbana. Destacam-se as contribuições de projetos de alta complexidade, que são exemplos de êxito da biofilia, para arquitetura hospitalar, as obras da Rede Sarah, do arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, cujos projetos caracterizam-se por uma meticulosa integração da concepção arquitetônica projetual aos princípios bioclimáticos. Conclui-se que a preocupação com a perspectiva das práticas médicas e dos edifícios de saúde está presente ao longo da história e, dessa forma, aliando questões biofílicas à concepção de projetos para edifícios da saúde, é possível se chegar a ambientes que contribuem de fato para o bem-estar dos seus usuários e para a sustentabilidade urbana. Dessa forma, se faz necessário criar ambientes para saúde sustentáveis, humanizados e adaptados às condições naturais e que, consequentemente, contribuem para a manutenção da vida nas cidades.