Determinar a associação entre distúrbio de voz e estresse no trabalho em professoras da rede municipal de São Paulo, Brasil é o objetivo deste estudo caso-controle, realizado com professoras com (n = 165) e sem (n = 105) distúrbio vocal. Foram utilizados os questionários Condição de Produção Vocal e Job Stress Scale. Os grupos são comparáveis nas variáveis de controle, diferenciando-se apenas quanto aos sintomas vocais. Houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos em relação ao estresse no trabalho na condição de alta exigência (OR = 2,1; IC95%: 1,1-3,9), que representa alta demanda associada a baixo controle do trabalho. Concluindo que a condição de alto desgaste associada ao grupo com distúrbio de voz, neste estudo, é a que apresenta maior risco de adoecimento físico e psíquico ao trabalhador. Ao perder a voz, o professor perde a possibilidade de manter-se em sua função, perde sua identidade profissional, o que coloca, em risco, a sua carreira como educador.