Jornalismo e narratividade em sintonia: um percurso teórico-conceitual pelos elementos da grande reportagem

Abstract

http://dx.doi.org/10.5007/1984-6924.2016v13n2p66No intuito de articular as diversas reflexões teóricas a respeito da tensão entre narratividade e referencialidade no discurso de informação, este texto busca definir os elementos de linguagem da grande reportagem jornalística, diferenciando-a de outros formatos correlatos. Para isso, analisamos a configuração do gênero e de seus pressupostos, funções e correntes, além de examinarmos os diversos conceitos de notícia e reportagem. Ao fim, mapeamos cinco grandes características da grande reportagem – ampliação espaço-temporal e contextual; construção dramática; reforço da enunciação/autoria; singularização do fato; e uso de índices de ficcionalização – e aventamos a hipótese de que, mais que uma variação do campo do jornalismo, esse formato é uma manifestação da narratividade ou ficcionalidade, sempre presentes em maior ou menor medida nos textos de informação.

THE QUESTION OF THE OTHER IN TELEJOURNALISM: notes on ways of representation of alterity in in-depth reporting

“…In a previous study (Lobato, 2016), we examined the perspectives of different authors (Medina, 1988;Faro, 2013;Sodré, 2009;Farré, 2004;Melo, 1985) regarding the differences between the factual journalistic text -especially of the news journalism genreand the in-depth reporting, in order to map conceptual elements that would make it a separate journalistic product. research and the "interpretative framework of fact" (Medina, 1988, p. 134) as elements typical of this modality, which would seek the "permanent human in the immediate event"; The second is the comparison between news and reporting by Muniz Sodré, which may be analogous to the differences between a photographic portrait (the news) and a short film (the reporting) -which would always carry the proposal of "taking someone (in this case, the reader) again to the scene of an event", resorting to an "appeal to the set of perceptive senses" (Sodré, 2009, p. 171).…”