2008
DOI: 10.11606/issn.2316-9044.v9i2p65-72
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Judicialização do direito à saúde

Abstract: A discussão sobre o acesso a medicamentos e tratamentos de saúde pela via judicial no Brasil ganhou importância teórica e prática, envolvendo crescentes debates entre acadêmicos, operadores do direito, gestores públicos e sociedade civil. E trouxe para o centro do debate a atuação do Poder Judiciário em relação à garantia do direito à saúde. O exercício do direito à saúde, positivado em nosso ordenamento jurídico com a Constituição Federal de 1988, vem ganhando contornos nunca vistos, compelindo magistrados, p… Show more

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“…And to consider them as "judicialization" is to discredit the law, assuming that the judiciary is unduly interfering with another power. 9 But what we see is excess judicialization with the proliferation of judicial orders that sentence the Government to fund irrational treatment and delegate to managers the responsibility for resource allocation that quite often counters the principle of equity in health and access to quality health care. 1 Although the judicialization of health can point to failures within the health system that should be addressed, it tends to be largely an encouragement to medicalization and a barrier to the rational use of medicines.…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…And to consider them as "judicialization" is to discredit the law, assuming that the judiciary is unduly interfering with another power. 9 But what we see is excess judicialization with the proliferation of judicial orders that sentence the Government to fund irrational treatment and delegate to managers the responsibility for resource allocation that quite often counters the principle of equity in health and access to quality health care. 1 Although the judicialization of health can point to failures within the health system that should be addressed, it tends to be largely an encouragement to medicalization and a barrier to the rational use of medicines.…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…Por outro, são interessantes as conexões parciais do caso da FS com o contexto da judicialização de medicamentos no país. Por um lado, o recurso ao Judiciário com vistas ao acesso a tratamentos com base no direito universal à saúde é atualmente um fenômeno rotineiro e de amplas proporções (Chieffi & Barata, 2009;Marques, 2008), do qual o caso da FS toma parte. Por outro, os casos de interpelação do Judiciário por acesso a medicamentos sem registro na Anvisa que conhecemos (Biehl & Petryna, 2016;Machado et al, 2011;Vieira & Zucchi, 2007) se afastam do caso da FS por não corresponderem a um contexto em que os produtos farmacêuticos estão desvinculados de pesquisas clínicas ou de fabricação por laboratórios farmacêuticos multinacionais.…”
Section: Rosana Castro Unbunclassified
“…Esta situação desencadeia uma série de questionamentos bioéticos sobre os limites da autonomia do paciente nas demandas, da utilização do princípio da beneficência pelo médico na prescrição dos medicamentos e da interpretação do princípio da justiça na distribuição de recursos adotada pelo Estado. O volume de recursos destinados à judicialização é tão expressivo que pode causar impacto negativo na gestão pública da saú-de (5). Por sua vez, o fenômeno da judicialização não é exclusivo do Brasil, haja vista que muitos países que empreenderam reformas sanitárias em seus sistemas de saúde passaram a incorporar o direito à saúde como um dever de estado, como ocorreu em alguns países latino-americanos que tratam do assunto com muita preocupação.…”
Section: Introductionunclassified