A fase do desenvolvimento da juventude tem como marcadores a formação da identidade, desenvolvimento de autonomia e responsabilidade, bem como a experimentação sexual. Assim, tem-se como objetivo avaliar dados preliminares acerca da não utilização de preservativos em jovens de 18 a 24 anos, ambientados no contexto da pandemia de COVID-19. A definição adotada para identificar comportamentos sexuais menos protegidos foi de pelo menos uma relação sem o uso de preservativo, entre as últimas três relações sexuais, levando em consideração as ações de prevenção combinada. Para a presente pesquisa, foi conduzido um estudo transversal através de um questionário online auto aplicado disponível no Google Forms, divulgado em plataformas virtuais e redes sociais. A aplicação do questionário foi precedida pelo preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os dados referentes às variáveis foram submetidos a uma análise bivariada no software STATA 15.0. No total, foram entrevistados 472 jovens de 18 a 24 anos. Dos entrevistados, 72,9% eram do sexo feminino, 30,5% tinham de 21 a 22 anos, 73,3% pertencia a classe econômica A e 79,9% se auto declararam brancos. Acerca do não uso de preservativos, 40,7% dos jovens tiveram este comportamento durante o período de pandemia de COVID-19. Estiveram associados ao comportamento sexual menos protegido o sexo feminino (p=0,032), a orientação sexual heterossexual (p=0,001) e estar em um relacionamento estável (0,008). É imprescindível que as ações dos serviços de saúde invistam em intervenções voltadas à educação para a saúde com a população de jovens, para aumentar a distribuição de preservativos e o acesso à informação.