Kairós: o momento da partida na história de vida de mulheres olí­mpicas brasileiras

Abstract

Agradeço à minha orientadora, Prof.ª Dr.ª Katia Rubio, por me dar a oportunidade de participar do Grupo de Estudos Olímpicos-EEFE-USP e me proporcionar ensinamentos que vão além da academia. À toda minha família, pelo apoio e incentivo durante essa jornada. Meus pais, Léa e Luís, e minha irmã, Mariana, por acompanharem de perto a construção dessa ideia e contribuírem tanto para o meu crescimento pessoal. Também ao meu amor de longa data, Fernando Lage, por todo o amparo nos momentos difíceis e encorajamento para conseguir concluir essa etapa. Aos membros do Grupo de Estudos Olímpicos, em especial ao Dhenis Rosina, Gabriela Gonçalves e Rafael Veloso, companheiros de disciplinas, relatórios, qualificações; amigos de conversas, risadas, choros, angústias e alegrias. Além dos outros membros, tão importantes quanto,

A norma de gênero olímpica: mulheres legítimas e o tensionamento da bicategorização por atletas trans e intersexo

“…Em síntese, a gentalha conseguiu chegar ao esporte olímpico pela modalidade mais estimada pelos gestores, provocando um desarranjo nas normas que selecionavam os corpos ideais à categoria feminina. Sobretudo, conforme ressalta Pieper (2016), a presença de atletas negras e da classe trabalhadora no atletismo, dentre outras coisas, acabou sendo impulsionada pela falta de interesse das mulheres brancas de classe média alta, que evitavam ser estereotipadas de acordo com a imagem masculinizante ostentada na modalidade. Como efeito, aquelas que insistiam em praticar o esporte estavam sujeitas a leitura de seus corpos pela gramática do masculino e da antinaturalidade.…”

“…"(PIEPER, 2016, p. 81, tradução nossa). -que se ausentou das testagens nos Jogos deMontreal-1976, sob o argumento de que o hipismo como modalidade mista, dispensava a aplicação do teste(AMATO, 2018). No novo teste, foi identificada a presença do cromossomo XY e, com isso, a atleta foi vetada da competição.…”