Kids Working on Paulista Avenue

Abstract

Six weeks of field research on 14 poor youth who sell services or products on the opulent Paulista Avenue in Sao Paulo, Brazil, explored their work, play, aspirations and childhood outcomes. Comparing the 12 younger children to the two older youth workers who supervised them and to the few Brazilian longitudinal accounts of street youth, the authors seek to understand the longer-term prospects for young street workers. Placing the findings within two dominant theoretical contexts – the study of children’s daily interactions, emphasizing their role as agents, and a structural sociology of childhood – the research joins those who combine these perspectives for an understanding of poor youths’ childhoods and childhood outcomes in urban Brazil.

Children's labour as a risky pathways to resilience: children's growth in contexts of poor resources

“…Bourdillon (2000); Cruz and Assunção (2008); Huggins and Rodrigues (2004);Invernizzi (2003);Traczynski (2000) As well-documented by the studies cited in Tables 1, 2 and 3, there are also a great many benefits to children despite the risks posed by their labour and work. The research which supports this argument is largely phenomenological and is ideally suited to avoiding adultocentric bias in the way children co-construct their experiences of work and labour.…”

“…In such contexts, labour and work become atypical pathways that children resolve the seven tensions in their lives and achieve at least a modicum of resilience amid adversity. Specifically, the research suggests that for some working children, when there are no other valued and available alternatives, their activities secures for them: (a) a positive identity (Bourdillon 2000;Hugerland et al, 2007;Li, 2007;Rubenson, 2005), (b) secure relationships (Huggins & Rodrigues, 2004;Invernizzi, Campos and Francischini (2003) 2003; Kovats-Bernat, 2001;Libório, 2003;Tum, 2006), (c) access to material resources such as money and shelter (Anyango-Kivuva, 2006;Cortes & Buchanan, 2007;Kielland & Tovo, 2006;Libório, 2003;Libório & Pessoa, 2008), (d) social cohesion, such as feeling that they belong in their families and communities (AnyangoKivuva, 2006;Bass, 2004;Montgomery, 1998), (e) power and control, as in the ability to effect change in one's social and psysical envirornment (Baldwin, 2006;Hugerland et al, 2007;Liebel, 2004;Maulden, 2007;Perez-Carreon, 2006), (f) social justice when understood as security of person and future work opportunities (Aitken et al, 2006;Aragao-Lagergreen, 1997;Rubenson, 2005), and (g) cultural adherence when work is seen as something valued by children's broader community (Hugerland et al, 2007;Kielland & Tovo, 2006;Liebel, 2004;Montgo-mery, 1998). …”

Os desafios da pesquisa ética com crianças

“…Essa condição, no entanto, não implica que tenha sido observada unanimidade entre eles no que se refere à eleição dos pressupostos dessa área de conhecimento. Assim, prevalece o pressuposto "criança enquanto ator social", presente em quatro artigos (Huggins & Rodrigues, 2004;Moran-Ellis, 2010;Van Krieken, 2010;Vakaoti, 2009), mas aparecem, ainda, a ênfase nos Direitos das crianças (Sirota, 2010;Van Krieken, 2010) e o reconhecimento de sua capacidade de expressar-se e produzir interpretações sobre a realidade, seus objetos e acontecimentos. A respeito desse último aspecto, dois dos artigos (Moran-Ellis, 2010;Newman et al, 2009) abordam, enfática e prioritariamente, a perspectiva de dar voz às crianças, ouvi-las não somente no sentido acima referido, de produção de interpretações sobre a realidade, mas, também, no que se relaciona aos aspectos próprios da investigação, como, por exemplo, seus métodos e a elaboração da agenda para a construção dos dados.…”

“…Em outro trabalho (Huggins & Rodrigues, 2004), igualmente com crianças em situação de rua, o problema colocado pelos investigadores foi: a quem deveriam pedir permissão/consentimento para a participação das crianças na pesquisa na impossibilidade de recorrer aos responsáveis por elas? Na ausência dos pais ou cuidadores desses sujeitos, optaram por solicitar o consentimento aos mais velhos do grupo.…”

“…Portanto, o corpus desta pesquisa é composto por esses seis textos, sendo três deles teóricos (Moran-Ellis, 2010;Sirota, 2010;Van Krieken, 2010) e outros três com pesquisa de campo (Huggins & Rodrigues, 2004;Newman, MacDougall, & Baum, 2009;Vakaoti, 2009), muito embora, seja estabelecido diálogo com os demais artigos mais adiante. A leitura dos mesmos foi realizada tendo por orientação um roteiro elaborado previamente, onde foram registrados, para cada artigo, vários aspectos que neles compareciam, dentre os quais, um resumo, observações da pesquisadora e questões específicas sobre ética, de interesse imediato para o recorte que aqui se propõe.…”