O ensino superior é uma organização sui generis ao ter como demanda o ensino, a pesquisa e a extensão em constante retroalimentação de seu sistema de apoio as comunidades interna e externa e seus diferentes agentes: docentes, discentes, gestores, mundo científico e comunidade. E, se não bastasse o enorme desafio, deve ainda, exceder a natureza específica do processo ensino/aprendizagem para uma gerência total do conhecimento didático-pedagógico e suas conversões tácitas e explícitas. O presente estudo tem como objetivo refletir sobre essa educação em suas articulações no processo ensino, pesquisa e extensão, e suas relações no sentido de uma apropriada gestão do conhecimento didático-pedagógico. Trata-se de um Ensaio com ponderações sobre a gestão do conhecimento didático-pedagógico partindo do característico modelo “querer-saber”, para o “saber-fazer” e “poder-fazer” – mais próspero à geração de conhecimento em um ambiente acadêmico. Para o alcance dessa performance, segue-se o roteiro: reflexão sobre como ocorre a gestão do conhecimento didático-pedagógico explícito no ensino superior, e a conversão do conhecimento didático-pedagógico tácito em explícito e vice-versa. Itinerário esse, estruturado em referencial teórico que descreve a gestão do conhecimento envolvendo a tipologia do conhecimento tácito-explícito; o processo de concepção do conhecimento – socialização (conhecimento compartilhado), externalização (conhecimento conceitual), combinação (conhecimento sistêmico) e internalização (conhecimento operacional); o conhecimento didático-pedagógico e, por fim, a gestão do conhecimento didático-pedagógico. Conclui-se a necessidade de potencialização de programas de capacitação pedagógica em serviço de forma continuada, como fomento de novos conceitos e experiências, instrumentalização docente e excelência no processo de ensino.