O gênero musical denominado de metal é rico em imagens, discursos, apropriações, críticas e recomposições de elementos religiosos. Desde imagens apocalípticas, sofrimento, miséria, violência, mitos, visões de mundo cristãs, anticristãs, (neo)pagãs, sincréticas, ocultistas, espiritualistas etc. perpassam suas manifestações líricas e musicais de forma constante, sendo um de seus traços distintivos face à música popular. Neste artigo procuramos recuperar alguns marcos interpretativos e metodológicos que nos possibilitem demarcar uma pesquisa sobre esse rico universo simbólico ainda pouco explorado pelas ciências sociais. Argumentamos que os conceitos de cena e tribo, o foco em novas expressões de religiosidades, bem como um trabalho empírico, apresentam-se como caminhos viáveis para futuras investigações nessa seara.