As abordagens feministas e queer são reconhecidas como aportes teóricos e metodológicos fundamentais para uma ressignificação da psicologia social, especialmente da chamada psicologia social crítica. Apesar do reconhecimento dos limites teóricos compartilhados tanto pelo ideário feminista como pelos pontos de vista críticos, algumas narrativas recentes sobre as relações entre os feminismos, a teoria queer e a psicologia social crítica, sobretudo no que se refere ao debate das sexualidades, tendem a considerar a história dessas relações sem as devidas contextualizações e, primordialmente, sob a ótica das ideias pós-modernas. A partir de uma seleção de narrativas que se propõem a (re)contar a história dessas relações, procuro mostrar como algumas narrativas possibilitam uma articulação entre os pensamentos feministas e queer, enquanto outras apresentam uma versão que tenta contrapor uma teoria em relação à outra, apostando na substituição dos feminismos vistos (como homogêneos, e sem contradições) pela teoria queer, tratada como vanguardista.