sedimentation in a systemic approacH.
TerraeDid atic a ARTIGO ABSTRACT: Sedimentation can be considered as a system on the surface of the Earth. It exhibits a fundamental attribute of a system, the equifinality, which is expressed by the search for stability between erosion and deposition. A sedimentary system exhibits mass and energy inputs and outputs, and internal mass transfer. Energy is added in the form of thermal and gravitational energy. Mass entry occurs by absorption of atmospheric gases, rain and snow, weathering and erosion, and photosynthesis. Energy leaves the system by heat loss and chemical energy accumulation in rocks. Mass is lost by incorporation into the stratigraphic record, organic matter degradation and gas release to the atmosphere. A division into sub-systems is also possible, based on the driving energy: (i) inertia, (ii) density gradients, (iii) tides and (iv) waves. From the didactic point of view, the systemic view brings issues like sedimentology, paleontology and geochemistry closer together.
Manuscrito
IntroduçãoO estudo das rochas sedimentares está fundamentado nos princípios atualistas, em que os processos de sedimentação são o ponto de partida para a interpretação das fácies e associações de fácies no registro sedimentar. Nos currículos dos cursos de geologia, a disciplina de sedimentologia aborda os métodos de interpretação paleoambiental, sob o ponto de vista dos processos físicos, com um embasamento teórico oriundo da hidráulica. No entanto, em geral, os processos químicos e biológicos são relegados a um segundo plano.A disciplina de paleontologia, por sua vez, volta o seu olhar para o fóssil, como organismo ou como clasto sedimentar. As interações dos organismos com o seu ambiente, as quais influenciam os processos de sedimentação, muitas vezes não são abordadas, especialmente se não deixarem no registro restos fossilizados. Apenas a paleoicnologia faz esta abordagem, mas como se trata de uma disciplina mais específica, nem sempre está presente nos currículos de graduação.Nos mesmos currículos, a geoquímica exógena abrange os processos químicos ambientes superficiais, inorgânicos e biogênicos. Entretanto, essa disciplina tem uma área de atuação mais ampla, que envolve também os processos diagenéticos e de formação de depósitos minerais em rochas sedimentares, restando pouco espaço para o desenvolvimento de conteúdos voltados à sedimentação (que frequentemente não são abordados).Existe, portanto, uma lacuna no estudo da sedimentação, no que diz respeito à interação entre os processos biológicos e químicos e os de origem física, que configura o quadro final do ambiente de sedimentação, o qual é mais amplo do que o modelo de fácies sedimentológico.A moderna sedimentologia tem como foco principal os processos físicos. Esta abordagem começou a ser utilizada a partir dos anos 1960, e importantes trabalhos didáticos pioneiros foram realizados, entre eles os de Allen (1966, 1968, 1970) e Reineck & Singh (1980). A posição de destaque dos processos de sedimentação é ine-