Leishmaniose Visceral em criança: um relato de caso sobre a recidiva da doença

Abstract

A leishmaniose visceral é uma doença em expansão, sobretudo em regiões urbanas. Sabe-se que em decorrência do desmatamento em áreas de floresta para a agricultura e outros fins incluindo o crescimento das cidades, o vetor da doença hoje adaptado aos grandes centros, favorece a cadeia de transmissão. A população infantil é acometida com mais frequência pela doença em questão, fato que pode ser explicado pela imaturidade imunológica. O tratamento existe e costuma ser eficaz, mas algumas vezes há recidiva da doença, sendo a terapêutica adotada e seu esquema administrado de forma completa, imperativos para a cura. Trata-se de um relato de caso no qual uma criança que foi tratada em um hospital do Sistema Único de Saúde-SUS de Brasília, Distrito Federal, apresentou recidiva de leishmaniose visceral. Foi registrada e analisada a evolução clínica da criança na primeira e segunda internação ocorridas em julho e outubro de 2014, respectivamente. O objetivo foi o de discutir os aspectos clínicos que provavelmente levaram o paciente à recidiva.

Systematic Review of Treatment Failure and Clinical Relapses in Leishmaniasis from a Multifactorial Perspective: Clinical Aspects, Factors Associated with the Parasite and Host

“…After applying the previously established exclusion criteria, we selected 26 works categorized as case reports, whose information can be seen in Table S1 (See Refs. [ 12 , 13 , 14 , 15 , 16 , 17 , 18 , 19 , 20 , 21 , 22 , 23 , 24 , 25 , 26 , 27 , 28 , 29 , 30 , 31 , 32 , 33 , 34 , 35 , 36 , 37 ]). The data were summarized by patient (42 in total) and their respective clinical and treatment histories.…”

Leishmaniose Visceral em crianças: aspectos clínicos e epidemiológicos

“…A importância disso foi ressaltada após a epidemia de AIDS devido à severidade das ocorrências de coinfecção. Contudo, a implementação da terapia antirretroviral altamente eficaz (HAART -Highly Active Antiretroviral Therapy) a partir da década de 90 resultou em uma notável redução desses casos (PEREIRA MD, et al, 2015).…”

“…Comparativamente com outras áreas endêmicas mencionadas, como o subcontinente indiano e a região leste da África, a população atingida pela LV no Brasil é mais jovem e apresenta uma porcentagem menor de mulheres em idade reprodutiva e de indivíduos em estado de desnutrição grave. As diferenças nas condições socioeconômicas das distintas regiões, incluindo o acesso aos serviços de saúde e a exposição aos fatores de risco, bem como a presença de espécies específicas de parasitas e padrões variados de transmissão, podem explicar essas disparidades (PEREIRA MD, et al, 2015).…”

Leishmaniose Visceral, Histórico E as Contribuições Do Enfermeiro Em Sua Prevenção

“…Já em indivíduos não tratados pode haver evolução rápida da doença, assumir caráter crônico ficando mais susceptível às infecções secundárias da doença ou evoluir para óbito (SOUZA et al, 2012). A monitoração constante de animais, principalmente o doméstico, torna-se primordial para os programas de controle da doença, e vale ressaltar que os cães podem manifestar sintomas ou não, servindo de fonte para novas infecções ocultas no ambiente doméstico Brasil, aonde a preferência da doença pela população infantil vem se mantendo ao longo dos anos (PEREIRA et al, 2015). Essa característica é semelhante ao observado no estudo de Pereira et al (2015) no qual a LV predominou nos primeiros 5 anos de vida, faixa etária de 68,2% dos doentes.…”

“…profissional enfermeiro e o médico devem ser capacitados para o reconhecimento e tratamento precoce da doença. Além disso, grande parte dos municípios ainda encontram dificuldades operacionais devido à deficiência da rede básica de saúde, em implantação, no que se refere ao diagnóstico, tratamento e notificação da LVH, evidenciando assim, uma maior necessidade de integração entre as ações de controle e de assistência pelos profissionais de saúde para esses doentes (PEREIRA, et al, 2015). A vulnerabilidade é caracterizada pela probabilidade da introdução ou circulação de fontes de infecção do parasito, onde crianças e idosos são os mais suscetíveis.…”