No Brasil há uma grande casuística de loxocelismo dentro da medicina veterinária, mas em especial na região Sul, por ser uma região endêmica. Devido à picada indolor, quando diagnosticado por um acidente por Loxoceles, o paciente apresenta um prognóstico de reservado a ruim. O tratamento do loxocelismo varia muito com o quadro do paciente, pois há dois tipos de loxocelismo, o cutâneo e o viscerocutâneo. Independentemente da apresentação da doença, pode-se agregar a terapia integrativa ao tratamento alopático. No caso relatado, uma égua, de 5 anos de idade, sem raça definida, apresentou uma lesão (anatomicamente dorsal à 17º vértebra torácica) com edema perilesional, edema gravitacional, halo hiperêmico, alopecia e placa marmórea, diagnosticada como loxocelismo cutâneo. Como tratamento inicial, administrou-se durante três dias (D0 – D2) dexametasona (2,5 mg/kg via intravenosa) e sulfadiazina com trimetoprim (2,5g/kg via intramuscular). Instituiu-se, também, moxabustão perilesional e focal (D0 – D22), acupuntura com a técnica de cercar o dragão (apenas no D0) e óleo ozonizado (D0 – D22) como terapia complementar ao tratamento convencional. Ao término da medicação alopática, as técnicas complementares foram mantidas até ao 23º dia de tratamento, onde houve regressão total da lesão e alta da paciente. Neste caso, a medicina integrativa mostrou-se uma ótima aliada diante do quadro de loxocelismo cutâneo, controlando a progressão da lesão dermonecrótica, auxiliando na analgesia, reações inflamatórias, angiogênese, combate aos microrganismos e, por fim, na cicatrização.