Objetivo: analisar os registros de enfermagem, pertinentes à ocorrência, prevenção e tratamento de lesão por pressão, em prontuários de pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva. Método: estudo documental, retrospectivo, de abordagem quantitativa, realizado em um hospital de ensino, no Nordeste brasileiro. A amostra foi composta por 46 prontuários. A coleta de dados ocorreu em janeiro de 2020, obtendo-se informações dos impressos de enfermagem, e registrando-as em formulário desenvolvido para o estudo. A análise ocorreu por meio de estatística descritiva, utilizando-se o programa Statistical Package for the Social Science, versão 24. Resultados: a prevalência de lesão por pressão foi de 31,82% e a incidência de 11,36%. Na admissão do paciente, a avaliação do risco para desenvolvimento de lesão por pressão não foi realizada (100%); e na avaliação da pele, a umidade (6,82%) foi o parâmetro menos avaliado, além de não haver registro de avaliação da turgescência. Houve destaque para o registro das ações para hidratação da pele e proteção de proeminências ósseas em todos os pacientes com e sem lesão por pressão; e o registro da mudança de decúbito foi superior entre os pacientes sem lesão por pressão (29,54%). Entre as medidas de tratamento, houve registro de cuidado com a lesão em 57,14% dos prontuários. Conclusão: os resultados podem sugerir questionamentos sobre falhas na realização de ações importantes no contexto assistencial e/ou nos seus registros.