Liberdade assistida: punição e cidadania na cidade de São Paulo

Abstract

Esta tese de doutorado é resultado de quatro anos de muito trabalho, acúmulo de tarefas e jornadas, madrugadas não dormidas e um grande esforço para conciliar vida acadêmica com trabalho, filhas e vida pessoal. Por sorte, pude contar com muitos companheiros, aliados, amigos velhos e novos e sua imensa solidariedade e acolhida diante da árdua tarefa de fazer o campo e concluir a redação da tese no prazo estipulado. Um grande e especial agradecimento à querida Maria Helena, professora, orientadora e companheira nesses dez anos que agora se completam de minha chegada à Universidade de São Paulo. Se hoje pude completar mais esta etapa da vida acadêmica, em muito devo a suas orientações, sua atenção e seu apoio intelectual e afetivo. Agradeço também a Ana Lúcia Pastore e Marcos César Alvarez, pelas importantes contribuições no Exame de Qualificação; e também a Sérgio Adorno e Sérgio Micelli, pela leitura atenta e apurada do projeto; Ricardo Musse e Luís Werneck Vianna, do IUPERJ, pelos comentários sobre outras produções que foram sistematizando minhas reflexões. Agradeço enfim aos colegas e amigos de doutorado, em especial à Stella, Lilian, Marta, Camila, Arlene, Fábio e Flávio pelos instigantes comentários sobre o projeto. Ao Renato, meu marido, faltam palavras para agradecer pelo carinho, afeto e apoio intelectual, lendo e relendo a tese, comentando, discutindo, aguentando junto as tensões da redação da tese, lado a lado nessa jornada. A Lígia e Clara, minhas filhas queridas, pela graça de serem, por seu carinho, afeto e beijinhos e pela oportunidade de aprendermos juntas e compartilharmos os desafios do mundo. Clarinha, na perspicácia de seus cinco anos, quatro deles passados com a mamãe fazendo doutorado, explicou de forma impressionante e precisa o que foi essa experiência: "A tese é um livro enorme que a mamãe está escrevendo". Agradeço a Marta, minha mãe, Eliel, meu pai, e a meu irmão Lucas, pelo afeto, incentivo e apoio nessa jornada, sempre orgulhosos pelas etapas concluídas e incentivadores dos desafios que me coloco. Agradeço também a Heloísa, minha sogra, e Cláudia, minha cunhada, pelo apoio, generosidade e enorme suporte logístico para ajudar a cuidar das minhas filhas. Agradeço a meus avós maternos pelo apoio e compreensão das ausências dos almoços familiares, orgulhando-se sempre em dizer a todos que sua neta estuda na USP. Agradeço também a meus avós paternos, especialmente a meu avô que, tendo sido filho de "mãe solteira" e criado pelo mundo, conseguiu construir para si uma trajetória diferente, demonstrando para mim, com sua história de vida, que nenhum destino é inexorável e que sempre é possível recomeçar. Aos colaboradores da pesquisa, meus mais sinceros agradecimentos, pois, sem sua generosidade, atenção e interesse em ajudar, esta tese não seria possível. A Theo e José Carlos Dias, pela abertura do acervo do "velho Theodomiro" à pesquisa documental. A Adilson Fernandes de Souza, Tania Maria Spinosa, Noeli Buono e Norma, amigos queridos e atores no processo de municipalização das medidas socioedu...

Os Desafios Na Escolarização De Adolescentes Em Cumprimento De Medida Socioeducativa De Liberdade Assistida

“…SOCIOEDUCATIVA DE LIBERDADE ASSISTIDA (2016), Ávila (2016), Castro (2016), Caparrós (2013), Collado (2013), Costa (2013), Lourenção (2015), Paula (2011), Pavezi (2013), Piazzarollo (2015), Rocha (2014), Siqueira (2016).…”

As Origens Movimentistas De Políticas Públicas: Proposta Analítica Aplicada Às Áreas De Criança E Adolescente, Direitos Humanos E Saúde

“…Beneficiou-se das estruturas da Igreja e do apoio técnico com o qual ela conta, na pessoa de padres, freiras e profissionais como assistentes sociais, psicólogos, educadores etc. A Pastoral contava também com a participação de técnicos da Febem, que contribuíram para que o desenho da proposta de LAC ganhasse adequação e viabilidade técnica (Paula, 2011;São Paulo, 2004;Passamani, 2006 O projeto-piloto aprovado incorporava diversos elementos provenientes da metodologia de LAC para a política socioeducativa, especialmente as equipes multidisciplinares, os atendimentos grupais incluindo familiares, as visitas domiciliares, bem como a articulação com a rede local de serviços públicos e entidades comunitárias e a "Proposta de Vida" (São Paulo, 2004, p. 113).…”

Drogas - Pra que te quero? Drogadição e Adolescência na Voz dos Socioeducadores

“…A maioria dos adolescentes relata ao socioeducador ter conseguido, a partir dos encontros e orientações, reduzir o consumo e assumir as responsabilidades esperadas. Em um estudo realizado por Paula (2011), com adolescentes em cumprimento de liberdade assistida, a autora mostra que o adolescente negou-se a aceitar o tratamento porque, apesar de fumar maconha rotineiramente, explicou ao educador que não era um 'nóia' (um dependente químico) e que poderia largar a maconha quando quisesse. A síndrome de abstinência dessa droga, apesar de reconhecida como fato pelo CID-10(D), foi descrita em laboratório, não sendo possível ainda determinar a natureza dos sintomas da abstinência (Ribeiro et al, 2005).…”