Resumo.A criminalística sempre busca inovar as suas ideias de maneira a esclarecer a autoria e execução de um crime, de forma inegável. Por um longo período, a pesquisa de polimorfismos na sequência de DNA satélites ou DNA mitocondrial vem sendo aplicada na identificação criminal. Entretanto, esses métodos carregam limitações, apesar de serem frequentemente utilizados na identificação forense. Desta forma, este estudo visa a possibilidade da utilização de técnicas epigenéticas complementares as técnicas normalmente utilizadas na genética forense. O objetivo desta revisão de literatura é descrever o uso de marcadores epigenéticos, em particular a metilação do DNA na prática forense. Como metodologia do trabalho foi realizada uma revisão de literatura existente sobre o assunto, como o acesso a artigos publicados em periódicos disponibilizados em bases de dados como SciELO, PubMed, MEDLIN, com os descritores segundo o DeCS: medicina forense, antropologia forense e epigenética. A análise de alterações epigenéticas, pode ser uma ferramenta útil para a identificação de indivíduos, possibilita a avaliação de como e quando o material biológico foi exposto à cena de crime, além de estimatimar a idade dos envolvidos. Com base na revisão efetuada constata-se que a técnica baseada na metilação do DNA tem especificidade superior aos testes proteicos, pois elimina a detecção cruzada, evitando falsos positivos, e podem ser vistas como ferramentas valiosas e complementares nos estudos de genética forense, trazendo uma vantagem adicional aos métodos existentes. No entanto, outros estudos ainda devem ser desenvolvidos para que se tenha uma melhor caracterização do padrão de metilação humana.