“…E não podemos deixar de introduzir aqui todo o esforço empreendido na concepção de ferramentas de cunho científico e técnico como Análise de Ciclo de Vida (ACV), sistemas de avaliação de desempenho ambiental das edificações, cuja preocupação centra-se principalmente no uso de recursos (materiais e energéticos), na economia de energia e na redução de resíduos da construção (SILVA; SILVA;AGOPYAN, 2003). De acordo com Bueno e Rossignolo(2013), os selos foram criados como ferramentas avaliativas do que já estava sendo produzido sob a denominação de sustentável entre o final dos anos de 1980 e início dos anos de 1990, dando suporte a um nicho imobiliário que se mostrava bastante rentável.Com a ampliação da discussão sobre sustentabilidade, a análise proposta pelos selos também se complexificou passando a incluir questões de cunho social e econômico, além de ferramentas como ACV.Hoje existem muitos selos 127 , cada qual com sua preocupação principal, uma metodologia de aferição de conformidade e classificação em níveis de sustentabilidade, em geral, obtida por meio de um sistema de pontuação resultado de atendimento a critérios pré-estabelecidos (BUENO;ROSSIGNOLO, 2013;LOPES, 2019). Estes são cada vez mais são organizados de modo a considerar as especificidades locais, flexibilizando e adaptando os critérios de acordo com as condições sociais e econômicas dos diferentes países.Além disso, se a acreditação do selo é resultado da somatória da pontuação, pode ser que um edifício atenda plenamente a uma categoria (por exemplo, água), deixe de pontuar em outra (por exemplo, energia) e ainda assim receba o selo de desempenho ambiental -o que é bastante contraditório, insuficiente e não representativo da complexidade da discussão.…”