Avaliação do Ciclo de Vida é uma técnica de gestão ambiental, que, no setor agrícola, estima potenciais impactos ambientais. O objetivo deste estudo é analisar três sistemas de cultivo de milho, convencional (CC), transgênico (CT1 e CT2) e orgânico (CO), em quatro áreas, a partir da utilização de insumos agrícolas, a fim de identificar e comparar os potenciais impactos ambientais provocados pelo uso de fertilizantes, pesticidas e corretivos, apontando vantagens e desvantagens de cada processo frente às questões ambientais. Os dados foram coletados a partir da aplicação de questionário para quantificar e caracterizar os tipos de insumos utilizados e, em seguida, associados ao banco de dados do programa de software para a elaboração do inventário do ciclo de vida. Posteriormente, foram analisados em categorias de impacto ambiental: acidificação, eutrofização, ecotoxicidade terrestre e aquática. Em nenhuma das quatro áreas foi necessária a aplicação de qualquer tipo de corretivo. Com relação à aplicação de fertilizantes, o CT2 apresentou o pior perfil ambiental em todas as categorias devido às suas maiores emissões de substâncias quando comparado às outras áreas. Já o CO foi o cultivo com menores emissões por utilizar um produto orgânico em seu processo produtivo. Com relação à aplicação de pesticidas, o CO não utiliza nenhum produto que se assemelha a essa prática e novamente o CT2 apresentou o pior perfil, mesmo utilizando menor quantidade de pesticidas. Diante desses resultados, é possível concluir que a forma de manejo e o local são fatores que influenciam os potenciais impactos provocados por um sistema de cultivo. O CO foi aquele que apresentou maiores vantagens quando comparado às outras áreas, mas um erro de manejo pode fazer com que ofereça riscos ambientais tanto quanto os outros.