Limitação Da Utilização Do Acesso Intraósseo: Aspectos Da Enfermagem E Da Instituição De Saúde

Abstract

Objetivo: Verificar a realização do acesso intraósseo por enfermeiros. Método: Estudo analítico transversal, realizado por meio da aplicação de um questionário. Resultados: Demonstrou-se que 97,0% dos profissionais nunca realizaram o acesso (p<0,001), e 48,5% tiveram um treinamento adequado. Apenas 9,1% relatou se sentir seguro para executar a técnica (p<0,001) e 69,7% responderam que não possuem apoio técnico, e não possuem material apropriado. Conclusão: Demonstrou-se que existe uma limitação do uso do acesso intraósseo. A falta de autonomia para realizar a técnica pode se explicar pela falta de habilidade prática e conhecimento teórico dos enfermeiros, e pela falta de protocolos e acesso à informações institucionais, treinamentos e insumos.Descritores: Infusões Intraósseas; Enfermagem; Desenvolvimento de pessoal. LIMITATION OF THE USE OF INTRAÓSSEO ACCESS: ASPECTS OF NURSING AND HEALTH INSTITUTIONAim: To verify the achievement of intraosseous access by nurses. Method: Cross-sectional analytical study, carried out through the application of a questionnaire. Results: It was demonstrated that 97,0% of the professionals never performed access (p <0.001), and 48,5% had adequate training. Only 9,1% reported feeling safe to perform the technique (p <0.001) and 69,7% answered that they do not have technical support, and do not have appropriate material. Conclusion: It has been demonstrated that there is a limitation of the use of intraosseous access. The lack of autonomy to perform the technique can be explained by the lack of practical skills and theoretical knowledge of nurses, and the lack of protocols and access to institutional information, training and inputs. Descriptors: Intraosseous infusions; Nursing; Development of personnel. ACCESO LIMITACIÓN DE USO INTRAÓSEA: ASPECTOS DE LA ENFERMERÍA Y INSTITUCIÓN DE SALUD.Objetivo: Verificar la realización del acceso intraóseo para las enfermeras. Método: Estudio transversal analítico realizado mediante la aplicación de un cuestionario. Resultados: Se demostró que 97,0% de los encuestados nunca hizo de acceso (p <0,001), y 48,5% tenía una formación adecuada. Sólo 9.1% reportó sentirse seguro para llevar a cabo la técnica (p <0,001) y 69,7% dijeron que no tienen soporte, y no tienen ningún material adecuado. Conclusión: Se ha demostrado que existe una limitación del uso de la vía intraósea. La falta de autonomía para llevar a cabo la técnica puede explicarse por la falta de habilidades prácticas y conocimientos teóricos de las enfermeras, y la falta de protocolos y el acceso a la información institucional, la capacitación y los insumos. Descriptores: Infusiones intraóseas; enfermería; desarrollo del personal. Enferm. Foco 2018; 9 (2): 44-50

Assistência de enfermagem à criança com acesso intraósseo

“…De acordo com o estudo de Veronese (2017), a técnica foi descrita pela primeira vez em 1922 por Drinker e seus colegas, onde o mesmo a citava como um procedimento de veia não colapsável. Tal eficácia se dá porque os vasos intramedulares e os lagos venosos estão envoltos por paredes ósseas firmes e que não são colabáveis, mantendo-se pérvias, que se conectam ao sistema nervoso central tendo sua importância nos casos de parada cardíaca e choques (Schumaher, et al, 2018;Denardi, et al, 2018).…”

“…As instituições de atendimento que realizam punções e infusões IO devem possuir protocolos relativos a diretrizes de execução do procedimento, incluindo a avaliação dos resultados esperados e dos cuidados de enfermagem executados (COREN -SP). Uma vez que o dispositivo foi selecionado, políticas institucionais e os protocolos relacionados com o dispositivo, indicações, contraindicações, inserção, processos de remoção e avaliação da qualidade, deve ser desenvolvido pelos enfermeiros (Schumaher, et al, 2018). Ressaltando, de acordo com Gomes, et al, (2018), considerando a Resolução do COFEN 358/09, o profissional enfermeiro deverá registrar suas ações no prontuário e implementar a Sistematização da Assistência de enfermagem (SAE) em toda instituição de saúde, pública e privada.…”

“…Em um estudo por Schumaher, et al, (2018) com depoimentos de enfermeiros atuando na área sobre o acesso IO, o mesmo ressalta a técnica ser pouco utilizada e com isso evidencia que diretores e gerentes dos serviços de saúde precisam incluir aos programas de capacitação o desenvolvimento da técnica contínua ao profissional de saúde, assim como dispor de materiais adequados (Quadro 2) para execução desta técnica.…”

“…Por ser uma via de primeira escolha, após a não obtenção da via venosa periférica, tornase de grande relevância para assistência ao paciente crítico visto que vários fármacos podem ser administrados com segurança, inclusive as drogas vasoativas que geralmente são infundidos por acesso central. Além disso, as taxas de sucesso são altas ao utilizar o acesso IO (>90%), tendo mínimas complicações que não são consideradas objeções para o não uso, chegando a 0,6% para causar osteomielite, extravasamento, microfratura ou embolia gordurosa se ultrapassar seu período de uso (Schumaher, et al, 2018;Denardi, et al, 2018;Bernoche, et al, 2019).…”

“…Contudo, esse procedimento em pacientes com hemorragia grave, desidratação, queimaduras, obesidades ou quimioterápicos e pediátricos tornam as veias periféricas difíceis de identificar e conseguir um acesso. Sendo relatados taxa de falha em média de 10-40% para acesso IV periférico em emergências (Schumaher, et al, 2018). Por isso, deve-se optar por colocar dispositivos IO em caso de falha do acesso IV a fim de evitar complicações e diminuir a morbimortalidade dos pacientes.…”