“…John Stuart Mill, filósofo utilitarista do século 19, argumentou que, por meio do princípio do dano "assegura-se que cada indivíduo tenha o direito de agir como quiser, desde que suas ações não prejudiquem outras pessoas"; "sobre si mesmo, sobre seu próprio corpo e mente, o indivíduo é soberano" (35). O processo de morrer com dignidade, portanto, enfatiza o respeito à dignidade do paciente também no sentido de não o manter artificialmente conectado a aparelhos, com respiração assistida e manutenção artificial de dados vitais, uma vez que já não exista mais possibilidade de cura e processo ativo de morte tenha iniciado (11). Porém, diante do modelo biomédico de cuidado hoje ainda predominante, focado na doença e na cura, os desafios bioéticos do prolongamento da vida e do avanço no suporte tecnológico e terapêutico, bem como o cuidado humanizado no final da vida são questões de primeira grandeza para os serviços de saúde, profissionais da área e para a sociedade atual.…”