ResumoA refratariedade e a resistência ao choque térmico dos materiais estão intrinsecamente ligadas às fases que os compõem, de modo que a identificação destas fases através da técnica de difração de raios X é atualmente imprescindível para a completa caracterização de matérias-primas de produtos cerâmicos. Em 1969, H. M. Rietveld desenvolveu um software de refinamento por mínimos quadrados que permite a completa caracterização cristalográfica de um material mono ou multifásico. Apesar de possuir mais de trinta anos, a técnica ainda não é utilizada de maneira regular na análise quantitativa de matérias-primas naturais. O presente estudo busca utilizar o método de Rietveld em conjunto com outras metodologias, na quantificação da fase vítrea de bauxitas refratárias, analisando as vantagens e limitações desta técnica, bem como os resultados obtidos. Foram escolhidas a partir da literatura quatro técnicas cuja proposta comum é a determinação da fase vítrea em refratários e/ou outras classes de cerâmicas utilizando-se o método de Rietveld como base teórica. Uma quinta técnica, denominada dissolução química, foi utilizada como meio de comparação. Os resultados ilustram que, apesar dos esforços, nenhuma das técnicas estudadas pode ser utilizada de forma rápida e principalmente confiável para a determinação da quantidade de fase vítrea em refratários. Palavras-chave: matérias-primas, refratários, caracterização química.
Abstract