A convivência com a língua portuguesa dentro da região de Timor-Leste continua sendo um marco para a nação timorense, tendo em vista as invasões sofridas ao longo de sua trajetória histórica, resultando na disseminação de múltiplas variedades linguísticas até o registro da oficialidade da língua portuguesa. Em 28 de novembro de 1975, os timorenses puderam, enfim, galgar a independência e, em 20 de maio de 2002, houve o advento da Constituição da República Democrática de Timor-Leste, quando o português, assim como o tétum, passou a ser considerado língua oficial. Nesse sentido, este trabalho objetiva refletir sobre o porquê de a língua portuguesa manter status linguístico em Timor, ainda que terminado o domínio lusitano e que se trate de uma língua pluricêntrica. Frente a isso, adotou-se a pesquisa bibliográfica, valendo-se de materiais impressos e eletrônicos pertinentes ao tema em questão e, por meio da técnica do fichamento, foram reunidas bases teóricas que pudessem respaldar os argumentos levantados. Como resultados obtidos, ressalta-se a relevância da língua portuguesa no território timorense, sendo esta determinante de uma herança identitária para o país. A partir da memória da colonização em Timor, o português foi inserido na Constituição da República de Timor-Leste.