O aleitamento materno é recomendado de forma exclusiva para o lactente nos primeiros seis meses de vida, devendo ser complementado até os dois anos ou mais. Neste contexto, este estudo objetivou compreender as motivações maternas para o uso de leite artificial em substituição parcial ou total ao aleitamento materno exclusivo em crianças menores de seis meses. Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva, com abordagem quantitativa. As informações foram coletadas mediante entrevista semiestruturada, que foram transcritas e analisadas segundo a análise categorial de conteúdo e interpretadas pela fundamentação metodológica hermenêutica dialética de base materialista histórica. As falas das entrevistadas evidenciaram que o conhecimento dessas mulheres é algo reproduzido, e que as lactantes reconhecem a importância do aleitamento materno e os seus benefícios para a criança. No que se refere ao desmame precoce, observou-se que as dificuldades técnicas que envolvem o processo de amamentação, além de fatores educacionais e psicológicos, estiveram presentes em quase todas as falas das entrevistadas. Com esse estudo ficou evidente que há uma valorização e reconhecimento da importância da amamentação, por parte das mães. Porém, ainda existem questões fisiológicas, sociais e psicológicas que causam insegurança e que propiciam a introdução do leite artificial. Sendo assim, ações de promoção e apoio ao aleitamento materno, desenvolvidas pelos profissionais, tanto da atenção primária, quanto da maternidade, podem ser consideradas elementos protetores na prática da amamentação exclusiva.